Jornal Estado de Minas

Produtos transportados por avião que caiu em Lagoa Formosa podem ter atingido nascente

Técnicos da cidade vão avaliar, na tarde desta segunda-feira, se o produto atingiu o córrego que abastece a cidade. No acidente, o piloto morreu

João Henrique do Vale
A queda do avião é investigada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) - Foto: Frederico Rocha\Patos Hoje

Técnicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e da Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Triângulo Mineiro (Supram) vão analisar, na tarde desta segunda-feira, a água da nascente do córrego que abastece a cidade de Lagoa Formosa, na Região do Alto ParanaíbaA suspeita é que o leito tenha sido contaminado por produtos químicos que eram transportados por um avião que caiu na zona rural da cidade na sexta-feiraO piloto de 26 anos morreu

O acidente aconteceu por volta das 18h de sexta-feiraA aeronave, que pertencia a uma empresa que realiza o serviço de pulverização de plantações, caiu durante um serviço em uma fazenda na zona rural de Lagoa FormosaAs causas do acidente ainda são investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)De acordo com o órgão, um técnico de Brasília junto com outros regionais irão tentar identificar as causas da quedaAinda não há um prazo para a conclusão dos trabalhos

Na queda da aeronave, o compartimento onde era levado o produto químico, que estava sendo jogado em plantações, se rompeu e espalhou o líquido“Tinha um cheiro forte no localMas, como não choveu durante o fim de semana, acreditamos que o material não tenha atingido a nascente
Do local da queda até a nascente tem um espaço grandePorém, somente os técnicos poderão confirmar se houve a contaminação”, explica o Élcio de Morais, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Lagoa Formosa

Caso seja detectada a contaminação, o abastecimento poderá ser cortado na cidade“Por enquanto não temos nenhum conhecimento nem mesmo de qial é o produtoVamos esperar a Polícia Ambiental e os técnicos avaliarem para depois decidirmos o que fazerMas, novamente, até então não tivemos nenhuma circunstância”, disse Morais