Jornal Estado de Minas

Vítimas atropeladas por major da PM começam a ser ouvidas

O major Wilson da Silva Lima, que dirigia o veículo, recebeu alta do hospital Militar na tarde desta quinta-feira e também foi ouvido pela delegada responsável pelo caso

João Henrique do Vale
No acidente, uma menina de 12 anos morreu e outras quatro ficaram feridas - Foto: João Henrique do Vale/EM/D.A.Press

A delegada Francione Fintelman começou a ouvir, na tarde desta quinta-feira, uma família que foi atropelada por um major do do 49º Batalhão da Polícia Militar (PM) nessa quarta-feira, no entroncamento da MG-010 com MG-424, em Vespasiano, na Grande BH No acidente, uma menina de 12 anos morreu e outras quatro pessoas ficaram feridasO militar recebeu alta e prestou depoimento na delegacia

Os primeiros a serem ouvidos são as vítimas que estão internadas no Hospital Risoleta Neves, em Venda NovaNo início da tarde, a delegada foi até o local para tentar ouvir Darlene Santos Pereira, de 22 anos, Laurinda Rodrigues da Costa Neves, de 47 anos e Simone CostaTodas sofreram escoriações e fraturas

O major Wilson da Silva Lima recebeu alta do Hospital Militar na tarde desta quinta-feiraDe acordo com o comandante tenente-coronel Vinícius Rodrigues, diretor geral da unidade, o militar foi avaliado por um equipe médica e antes de ser liberadoEle deixou a unidade de saúde e foi direto para uma delegacia de Vespasiano onde é ouvido pela delegada

Wilson conduzia um Astra, placa LQE-1506, na tarde de quarta-feira, que saiu da pista e atingiu as cinco pessoas da mesma família no acostamentoJúlia da Costa Pereira, de 12 anos, foi levada para o Hospital João XXIII de helicóptero e morreu horas depois
Vítor Gabriel da Costa Neves foi levado para o Hospital João XXIII, onde continua internado e passa bem

Conforme o coronel Antônio Carvalho, que está temporariamente no Comando de Policiamento da Capital, o motorista disse que foi “jogado” por outro carro na curva, por isso atingiu o acostamentoMuito abalado, o major Wilson foi retirado do local do acidente, por causa do risco de agressão das testemunhas, e foi levado para o Hospital Militar

Wilson passou a noite sedadoConforme o coronel Carvalho, o major estava de folga, no entanto haverá processo da corporação para apurar o acidenteEle se recusou a fazer o teste do bafômetro.