Jornal Estado de Minas

Jovens são baleados e um morre na Ocupação William Rosa, em Contagem

Pelo menos outras três pessoas foram baleadas no acampamento em menos de um mês

Cristiane Silva
Dois jovens foram baleados dentro da Ocupação William Rosa, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte
O crime aconteceu na madrugada desta segunda-feira e nenhum suspeito foi preso.

Segundo a Polícia Militar (PM), Cleison Ramos Nonato, de 22 anos, e Darlan Augusto Pereira Bastos, de 19, estavam no acampamento, que fica na Avenida Severino Ballesteros Rodrigues, quando foram surpreendidos pelos disparosPopulares tentaram socorrer Cleison, que sofreu 17 perfurações, mas ele morreu antes de receber atendimentoJá Darlan, ferido no braço, joelho e pé, foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ressaca.

Cleison tinha um mandado de prisão em aberto, mas a polícia não soube informar por qual crimeNenhum parente da vítima foi encontrado no localO jovem que sobreviveu não conseguiu identificar os atiradoresA ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil

Esse é o segundo assassinato registrado na ocupação em cinco diasNa semana passada, um ex-presidiário de 27 anos foi morto com 14 tiros na cabeçaUma mulher que se identificou como namorada dele disse que o homem havia deixado a prisão há dois meses e teria envolvimento com o tráfico de drogas

Em 21 de novembro, um homem foi baleado enquanto conversava com uma mulher dentro da ocupação
O suspeito dos disparos disse que era o marido delaMesmo ferido, o rapaz conseguiu fugirEle foi socorrido por seguranças da Ceasa, proprietária do terreno ocupado, e levado para o Pelotão do Corpo de Bombeiros local

No dia 13 daquele mês, o ex-presidiário Daniel lourenço Maciel da Silva, 24 anos, foi assassinado com oito tiros perto do barracão montado no acampamentoConforme a PM, Daniel já havia sido preso por envolvimento em um homicídio e com o tráfico de drogasNessa ocasião, representantes se manifestaram por meio do blog da ocupação“(...) Não nos iludamos: não evitaríamos que os problemas cotidianos do povo atingissem nossa comunidadeAs armas que matam nossos jovens não são fabricadas em nossos bairros”