Jornal Estado de Minas

Prefeitura de Belo Horizonte vende espaço aéreo

Flávia Ayer
Prefeitura pediu ao Legislativo autorização para concessão de 325 metros quadrados no ar entre os prédios da Cemig e da Forluz - Foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press

Belo Horizonte está perto de ter sobre uma via pública uma passarela de ligação entre dois prédiosO prefeito Marcio Lacerda enviou nesta semana projeto de lei que autoriza a concessão do espaço aéreo da Avenida Barbacena, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul, para a construção de uma passagem suspensa entre a sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e o prédio, ainda em obras, da Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz), ligada à CemigA justificativa principal para a autorização é arrecadar recursos para a requalificação do Conjunto Urbano da Avenida Barbacena.

Os dois edifícios ficam situados um de frente ao outro, em lados opostos da avenida, entre as ruas Gonçalves Dias e Alvarenga PeixotoResponsável pelas ações de seguridade social da estatal, a Forluz conta com mais de 21 mil beneficiáriosA passarela está projetada para ter 325 metros quadrados.

Mas, para sair do papel, o projeto, que começou a tramitar na segunda-feira na Câmara Municipal, precisa de ser aprovado pelo Legislativo e também pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo HorizonteSe depender do prefeito, não haverá problemas para a construção“Contribui-se, assim, de uma só vez, para o aprimoramento na prestação de serviços públicos essenciais e para a valorização do patrimônio cultural, ambiental e paisagístico do Conjunto Urbano”, aponta o prefeito Marcio Lacerda na justificaiva do projeto.

CONTRAPARTIDA
A condição para a concessão do uso espaço público aéreo seria a contrapartida financeira para ações de requalificação do Conjunto Urbano Avenida Barbacena e AdjacênciasO valor será calculado com base na área construída e no valor de venda do metro quadrado na região, um dos mais nobres da capital.

Outro requisito é a adoção pela Cemig e a Forluz de toda a extensão dos canteiros centrais da avenida, da Praça Carlos Chagas, a Praça da Assembleia, no Bairro Santo Agostinho, até a Avenida do Contorno, no Bairro Barro Preto.

Em um dos trechos do canteiro central, estão os cerca de 50 fícus atingidos pela mosca branca, praga de difícil combateO Estado de Minas entrou em contato com a Cemig e a Forluz, que não forneceram detalhes sobre o projeto.