Jornal Estado de Minas

Ex-namorado acusado de matar estudante de medicina vai a júri popular em Uberaba

Jovem foi morta a golpes de marreta e jogada em rio. Para a promotoria, mestre de obras matou a ex por estar inconformado com o término do relacionamento

O mestre de obras Lindoval de Jesus Pereira, acusado de matar uma estudante de medicina com marretadas na cabeça, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, vai a júri popular cinco anos após o crime

De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o julgamento será realizado na mesma cidade onde ocorreu o homicídio, no Fórum Melo Viana, a partir das 9h30 da próxima terça-feira (26).

O caso ocorreu em outubro de 2008A estudante, que estava prestes a se formar, foi vista pela última vez em 12 de outubro, perto de casa, por volta de 6h15No dia seguinte do desaparecimento dela, o inquérito foi instaurado e, um dia depois, o corpo da jovem foi encontrado por um pescador às margens do Rio Grande, em São Paulo, com sinais de agressão na cabeça.

Pereira, que é ex-namorado da vítima, está preso na penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira desde 15 de outubro de 2008Ele responde por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe (vingança), cometido mediante dissimulação e recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, e ocultação de cadáver.

Em janeiro de 2009, o Ministério Público apresentou a denúnciaDe acordo com o processo, a perícia indicava que o corpo foi lançado na água após a morte da jovemAs investigações apontaram que o assassinato teria ocorrido entre a zona rural de Igarapava (SP) e Uberaba,Para a promotoria, crime teria sido motivado pelo fato de o mestre de obras não se conformar com o fim do relacionamento com a vítima.

Pouco mais de sete meses após o crime, em junho de 2009, a Justiça decidiu que o réu iria a júri popular, mas a defesa dele entrou com vários recursos contra a decisão, o que impediu o julgamento na épocaMais de 30 pedidos de habeas corpus ao TJMG foram negados.Agora, com a recusa dos tribunais superiores, o caso retorna à Primeira Instância.

O promotor responsável pelo caso é Eduardo Pimentel de FigueiredoA defensora do réu é a advogada Vera Lúcia Coimbra Roso e o júri é presidido pelo juiz Fabiano Garcia Veronez, da 2ª Vara Criminal de Uberababa.