Terminou nessa quinta-feira o XII Encontro Nacional de Jovens Advogados, promovido pela Comissão OAB Jovem da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB/MG) com o objetivo de direcionar recém-formados nas especialidades jurídicas e revelar uma visão realista da profissão e do mercado de trabalho. O evento foi realizado na terça e na quarta-feira, no Hotel Mercury, no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul de BH, com palestras de juristas, entre eles o advogado criminalista Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça no governo Lula, que encerrou o evento.
Diante do cenário com mais de 140 faculdades de direito em todo o estado, o presidente da OAB Jovem, Fabrício Almeida, ressaltou que o encontro favoreceu a capacitação de estudantes e de quem se formou em direito nos últimos cinco anos. Cerca de 90% do auditório era composto por advogados em busca de informações sobre o tema central: os desafios da advocacia contemporânea.
“Estamos lutando pela queda da cláusula de barreira que impede que advogados com até cinco anos de formado se candidatem a cargos eletivos da OAB”, afirmou Almeida, que se engajou na criação de um piso salarial para contratados no setor privado: “Iniciei essa discussão. É inadmissível um advogado receber entre R$ 800 e R$ 1,2 mil. Queremos valorizar a profissão”.
Os desafios atuais de quem trabalha com direito aplicado foram discutidas em palestras, como a do ex-presidente da OAB/MG Raimundo Cândido Júnior, que falou sobre a reforma do Código Civil e alertou para a importância dos processos eletrônicos.
O ex-presidente da OAB Cézar Britto defendeu o projeto de iniciativa popular que acaba com o financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas, estabelece dois turnos em eleição proporcional e facilita realização de referendos. Já o advogado e chefe do Departamento de Direito e Processo Penal da Faculdade de Direito da UFMG, Marcelo Leonardo, discursou sobre a nova lei de combate àalavagem de dinheiro.