Jornal Estado de Minas

Reajuste para educação vai ao Legislativo

Patrícia Giudice
A secretária Ana Lúcia Gazzola explicou detalhes do aumento - Foto: SEE/Divulgação

O governo de Minas Gerais protocolou ontem na Assembleia Legislativa o projeto de lei que regulamenta a política remuneratória da educação e pediu urgência na sua tramitaçãoO reajuste previsto é de 5% para todos os 420.319 cargos, entre ativos e inativos, mais 2,5% para cerca de 175 mil servidores de carreira e aumento referente ao reposicionamento para 158.858 cargosEm média, o reajuste pode chegar a 19,9%.

O anúncio do reajuste foi feito em setembro, mas demandava aprovação de projeto para regulamentaçãoO pagamento será retroativo a 1º de outubroEm entrevista ontem, a secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Gazzola, explicou que os 2,5% acrescidos sobre o aumento de 5% se referem a uma antecipação na progressão da carreira que estava prevista para ser paga em janeiro de 2016 e agora será liberada em janeiro de 2014Têm direito ao reajuste os servidores que já concluíram estágio probatório, tenham dois anos de exercício na função a partir de janeiro de 2012 e duas avaliações de desempenho individual

VANTAGENS Os professores também receberão, em 1º de janeiro de 2014, a terceira incorporação no salário do reposicionamento da carreiraO pagamento faz parte do programa Vantagem Temporária de Antecipação do Posicionamento (VTAP)O primeiro reajuste, 25% do valor devido, foi feito em 2012 e o segundo em janeiro de 2013Neste caso, o aumento salarial total pode passar de 30% para 10,75% dos cargos beneficiadosA maioria, segundo tabela divulgada pela secretaria, tem entre 15% e 30%
“Queremos sempre melhorar a carreira, o trabalhador quer mais e o governo também quer mais, mas temos um orçamento e a Lei de Responsabilidade Fiscal para cumprir”, afirmou Ana Lúcia

Trabalhadores de várias categorias estão acampados desde 15 de outubro no pátio da Assembleia Legislativa, entre eles, professoresA presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindiUTE), Beatriz Cerqueira, disse que a entidade não concorda com o projeto“Os 5% não cobrem nem a inflação e o projeto mantém o congelamento da carreira”, afirmou