Jornal Estado de Minas

Garimpeiro morre soterrado em terreno de Paraopeba

Outros três homens ficaram levemente feridos. O Corpo de Bombeiros informou que até mesmo crianças trabalhavam no local. A polícia apura se o local funcionava irregularmente

João Henrique do Vale
Terra de encosta desceu e atingiu quatro trabalhadores que procuravam quartzo - Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Um acidente em um local onde acontece o garimpo de quartzo deixou um trabalhador morto e outros três levemente feridos na tarde desta quinta-feira em Paraopeba, na Região Central de Minas GeraisOs quatro foram soterrados quando faziam a extração do cristalDe acordo com o Corpo de Bombeiros, até mesmo crianças foram flagradas trabalhando no localEquipes da delegacia Regional do Trabalho e da Polícia Militar Ambiental ainda apuram se há irregularidades no terreno

O soterramento aconteceu no início da tardeUma retroescavadeira retirava a terra em um terreno às margens da Rodovia AMG, que liga Paraopeba a CodisburgoQuando aparecia o quartzo, os trabalhadores iriam até o local e faziam a coleta manualmenteFoi durante essa ação que o acidente aconteceu“A máquina já havia parado, porém, um barranco cedeu e atingiu os quatro trabalhadores”, conta o sargento Mauro Sérgio do Corpo de Bombeiros

Três dos homens, Genival Ribeiro da Costa, de 40 anos, Vagner aparecido da Paixão, de 29, e Aldair José Ferreira Rodrigues, de 41, conseguiram correr antes de serem totalmente soterradosEles acabaram socorridos por outras pessoas que trabalhavam no local
Já Adriano Fidelis da Paixão, de 37, foi surpreendido, e acabou ficando embaixo da terra“Quando chegamos ele estava totalmente soterrado e sem os sinais vitais”, explica o sargento

Segundos os bombeiros, até crianças trabalhavam no local - Foto: Corpo de Bombeiros/DivulgaçãoO proprietário do terreno informou aos militares que praticava o garimpo para pesquisaSegundo Mauro Sérgio, havia indício de irregularidades no local“Encontramos até crianças trabalhandoAcionamos as autoridades competentes que irão apurar se há algum problema com o garimpo”, disse

A Polícia Militar Ambiental e integrantes da Delegacia Regional de Trabalho ainda apuram as denúncias feitas pelo Corpo de Bombeiros