Jornal Estado de Minas

Faltam obras, sobram riscos na Avenida Prudente de Morais, em Belo Horizonte

Flávia Ayer
Roberto Simões mostra calçada com afundamento na Prudente de Morais após obra malfeita, que não impedirá inundações - Foto: JOÃO MIRANDA/EM/D.A PRESS
Revisão de projetos paralisou as obras de prevenção de enchentes na Avenida Prudente de Morais, no Bairro Cidade Jardim, e adiou a conclusão em quase um anoOrçada em R$ 33,7 milhões, a intervenção, que começou no ano passado, fará desassoreamento da Barragem Santa Lúcia, mais uma galeria subterrânea entre as ruas Barão de Macaúbas, no Santo Antônio, e a Bárbara Heliodora, em Lourdes, para dar suporte à galeria do Córrego do LeitãoDesde abril, no entanto, moradores e comerciantes já não vêm sinais de qualquer obra na avenida e temem inundações com a chegada da temporada de chuva.

“Abriram um poço de nove metros em frente ao meu prédio, mas descobriram uma rocha impenetrável, fecharam tudo e ficou por isso mesmoO problema é que o serviço foi malfeito e a calçada afundou”, conta o síndico do prédio do nº 195 da avenida, Roberto Simão, de 67 anosA expectativa para a obra era grande“Nosso prédio foi muito atingido pelas enchentes e, no ano passado, fizemos até uma obra na fachada para impedir a entrada da águaAgora, se depender da prefeitura, ficamos na água”, conta.

A placa anunciando a obra, fixada no cruzamento da Prudente de Morais com a Rua Joaquim Murtinho, ainda aponta o prazo de conclusão como dezembro deste anoA Secretaria Municipal de Obras, no entanto, explica que o contrato da obra está “parcialmente paralisado devido a revisões no projeto dos túneis na Avenida Prudente de MoraisApós as revisões será elaborado novo cronograma de obras, inclusive para o trecho após a Avenida do Contorno.”

Em nota, a Smob afirma ainda: “A administração municipal espera contar com a compreensão dos moradores do entorno da Avenida Prudente de Morais, esclarecendo que toda obra pode sofrer atrasos, mas que estes estão sendo contornados da melhor forma possível e com a tentativa de minimizar os transtornos aos moradores.”