Jornal Estado de Minas

Acusados de integrar grupo de extermínio serão julgados na quinta-feira em BH

Maximiller Ferreira, conhecido como Max Cabuloso, e Robert Balbino Leonardi, o Betinho, sao acusados de homicídio qualificado e tentativa de homicídio, em um crime que ocorreu em São José da Lapa. Eles respondem por vários assassinatos ocorridos entre 2004 e 2009, numa suposta disputa pelo domínio do tráfico

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
Dois acusados de integrar um grupo de extermínio que matou 21 pessoas entre 2004 e 2009 em São José da Lapa e Vespasiano, na Região metropolitana de Belo Horizonte, serão julgados na quinta-feira no Fórum Lafayette
O júri de Maximiller Ferreira, conhecido como Max Cabuloso, e Robert Balbino Leonardi, o Betinho, está marcado para começar 8h30Eles respondem por homicídio qualificado e tentativa de homicídio e já foram absolvidos em maio deste ano da acusação de outros assassinatos

O juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes irá presidir o julgamento no 2º Tribunal do Júri do Fórum LafayetteTodas as testemunhas foram ouvidas por carta precatória, assim a audiência deve começara com o interrogatório dos réusMesmo sendo da comarca de Vespasiano, O julgamento foi transferido para capital para garantir a segurança dos réus e dos familiares das vítimas, tendo em vista a repercussão que os fatos causaram na região

Max e Robert vão a júri pela morte de R.G.Be pela tentativa de homicídio de M.A.N., que levou um tiro no braço e conseguiu escapar e se esconder em um lote vagoHá um terceiro envolvido no crime, mas não foi localizado e ainda não responde criminalmente

Desde fevereiro de 2010 os dois acusados estão presosMax está no presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, e Robert no Presídio Regional de Vespasiano
Segundo a Justiça, o júri de amanhã é mais um caso envolvendo os dois réus na disputa pelo domínio do tráfico de drogas em São José da Lapa e região.

Absolvição

Em maio de 2012, eles foram absolvidos da acusação de homicídio de outras duas vítimas: T.F.Se E.R.AA absolvição se deu a pedido do próprio Ministério PúblicoDepois de interrogar os réus, o promotor de Justiça Gustavo Fantini explicou aos jurados que, no processo há depoimentos apontando o envolvimento dos réus com o tráfico de drogas, mas não há nenhuma prova concreta do envolvimento deles com o duplo homicídioO promotor destacou que não houve testemunhas presenciais dos crimes e que nem mesmo o laudo de necropsia ou o exame de balística foram juntados ao processo

Disse que os acusados foram indiciados por depoimentos de testemunhas que “ouviram dizer” que eles eram os culpadosO promotor lamentou que, com tantos recursos científicos na polícia, o processo não tivesse provas técnicas ou mesmo depoimentos que assegurassem a participação dos acusados nos crimes