Jornal Estado de Minas

Em greve, policiais civis fazem protesto por Belo Horizonte


Em greve desde 25 de junho, policiais civis fazem uma nova manifestação na tarde desta terça-feira em Belo Horizonte. A categoria protesta contra a suspensão da votação do projeto da Lei Orgânica da Polícia Civil que aconteceria hoje na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Os trabalhos foram suspensos no local devido à morte do deputado estadual José Henrique Lisboa Rosa (PMDB). Os manifestantes fecharam a Praça Sete por volta das 15h e só liberaram às 16h09, o que deixou o trânsito congestionado em várias ruas e avenidas do Centro da capital.



De acordo com Denilson Martins, presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG), cerca de 500 pessoas participam do protesto. "O ato acontece também em solidariedade a pauta dos trabalhadores rurais que aguardam o julgamento da Chacina de Felisburgo”, afirma

Com carro de som e empunhando faixas, a categoria seguiu para a Praça Sete, onde fecharam os cruzamentos das avenidas Amazonas e Afonso Pena por volta das 15h. “Vamos queimar mais um caixão para simbolizar o sucateamento da segurança pública do Estado”, diz Martins. Após o ato, os policiais liberaram as vias, mas o trânsito ficou caótico em várias vias de acesso ao Centro de BH. 

Várias ruas e avenidas ficaram congestionadas por causa da manifestação (foto: BHTrans/Reprodução)


De acordo com a BHTrans, devido a manifestação o trânsito é lento em várias ruas e avenidas do Centro de Belo Horizonte. Já há reflexos na Avenida Amazonas com Rua Santa Catarina, no entorno da Praça Afonso Arinos, e no cruzamento entre as avenidas Afonso Pena e Carandaí.  A Polícia Civil está em greve desde maio deste ano. Os policiais cobram a revisão da Lei Orgânica da Polícia Civil, que define o plano de carreira da corporação.

Movimento dos sem-terra também protestaram na manhã desta terça-feira (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)


Protesto do MST

Integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) fizeram um protesto na manhã desta terça-feira em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), um grupo se concentrou no Viaduto São Francisco, Região da Pampulha, por volta das 7h e seguiu em passeata pela Avenida Antônio Carlos em direção ao Fórum Lafayette, no Bairro Preto, onde acontece amanhã o julgamento dos acusados de participação na Chacina de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. O crime aconteceu há quase nove anos, quando cinco trabalhadores sem-terra foram assassinados e 12 feridos a tiros.

De acordo com a BHTrans, os manifestantes se reuniram na porta do Fórum e interditaram duas faixas da Avenida Augusto de Lima no sentido Centro. Por causa do protesto, o ponto de táxi que fica no local precisou ser desativado. Em seguida, eles seguiram em uma nova passeata em direção ao pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Região Centro-Sul da capital, onde devem ficar acampados.



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