Jornal Estado de Minas

Advogado entra com habeas corpus para Maníaco do Anchieta

Pedro Meyer foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão na última quinta-feira por estupro. Juiz também determinou a prisão do ex-bancário

João Henrique do Vale
Pedro Meyer é considerado foragido da Justiça e segue sendo procurado pela polícia - Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press

O advogado de Pedro Meyer Ferreira Guimarães, de 56 anos, conhecido como o Maníaco do Anchieta, entrou com pedido de habeas corpus, na tarde desta segunda-feira, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), para que o ex-bancário aguarde recurso em liberdadeO réu teve a prisão preventiva decretada na quinta-feira, após ser condenado a 13 anos e quatro meses de prisão, em regime fechadoO pedido  foi distribuído para a 5ª Câmara CriminalO desembargador Alexandre Victor de Carvalho será o relator da ação

O Maníaco do Anchieta foi condenado na última quinta-feira por um dos 16 estupros atribuídos a ele na década de 1990No dia seguinte, o mandado de prisão preventiva foi expedido e uma equipe da Delegacia Especializada de Atendimento da Mulher, do Idoso e do Portador de Deficiência esteve no apartamento de Pedro Meyer, no Bairro Anchieta, Região Centro-Sul de BHEle não foi encontrado no local e nem em outros dois endereços que constam nos autos

A sentença é relacionada ao ataque contra uma vítima, que hoje tem 27 anosEla tinha 11 quando foi violentada, em 1997, na garagem do prédio onde morava, no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste da capitalNo ano passado, a mulher reconheceu o acusado na rua, o seguiu até a casa dele, no Anchieta, e chamou a polícia

Meyer esteve preso até o dia 10 de abril deste ano, depois de passar pouco mais de um ano na prisão
Ele foi liberado pela Justiça por falta de um laudo de sanidade mental, que não ficou pronto no prazo determinadoO ex-bancário responde a apenas dois processos na Justiça, pois as outras acusações prescreveramUm dos processos por estupro corre na 9ª Vara Criminal do Fórum Lafayette da capitalA vítima havia apontando o porteiro Paulo Antônio da Silva, de 66, como sendo o homem que a atacou, devido às semelhanças físicas com o autor do crimeMas, com a prisão de Pedro Meyer, ela inocentou o porteiro, que foi preso e condenado injustamente a 16 anos de prisão pelo estupro que não cometeuO porteiro passou cinco anos e sete meses atrás das grades e ainda cumpriu prisão domiciliar