Jornal Estado de Minas

Corrida reúne estudantes de engenharia de cinco estados

Jorge Macedo - especial para o EM
Celina Aquino

  - Foto: Sergio Amzalak/Esp. EM/D.A Press

Projetos aprovados, itens de segurança checados, motores aquecidos, é hora de testar a resistênciaSob forte sol de inverno, 30 carros off-road construídos por 600 estudantes de engenharia de cinco estados entraram na tarde de domingo na pista de terra em Sarzedo, Região Metropolitana de Belo Horizonte, para disputar a última etapa da Competição Baja SAE Brasil – Etapa Sudeste FiatSão Paulo levou a melhor com a equipe do Centro Universitário da FEI, que conseguiu manter o veículo por mais tempo no enduro de três horas, realizado em terreno acidentado e com muita poeira.

As equipes de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal tiveram um ano para projetar e construir os protótipos que participaram da provaPara o capitão da equipe da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo César Araújo de Oliveira, de 21 anos, a competição é uma oportunidade única de ganhar experiência antes de entrar para o mercado de trabalho“É muito gratificante desenvolver um projeto, ver o carro bem na pista e saber que você fez parte disso”, comenta o estudante de engenharia mecânicaO veículo mineiro, que Rodrigo descreve como “muito equilibrado”, vinha de uma sequência de bons resultados: primeiro lugar na etapa Sudeste em 2012, vitória no nacional deste ano, quinto lugar no mundial de junho, nos Estados Unidos, e ontem ganhou o vice-campeonato.

O lema da equipe vencedora era nunca parar“Podem faltar cinco minutos de prova que vamos trabalhar nos boxes para colocar o carro para andar”, contou o estudante de engenharia elétrica Denis Oliveira Mingareli, de 25, antes de sair o resultadoO desafio dele era melhorar o sistema elétrico do protótipo, que deu problema na competição do ano passadoE conseguiuElogiado fora do Brasil, durante o mundial, o item ajudou a equipe a vencer o campeonato em Minas.

PURA EMOÇÃO
Uma das poucas mulheres na competição, a futura engenheira mecânica Danielle Malaquias Gomes, de 22, não desgrudou os olhos da pista nem os ouvidos do rádioComo capitã da equipe Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), ela tinha que ficar atenta ao piloto enquanto se comunicava com a equipe nos boxes

“O meio é predominantemente masculinoEntão, tive que conquistar meu espaço com trabalho e comprometimento”, explica.

A equipe do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) precisou adaptar o carro para que o estudante de engenharia mecânica Felipe Álvares de Azevedo Macedo, de 22, pudesse ser o pilotoCom 1,92m, ele está no limite de altura para caber no protótipo“Dá enjoo, porque parece uma montanha russa, mas é uma emoção que todo mundo quer ter”, observaPena que Felipe correu apenas uma voltaDepois de bater em um obstáculo, o veículo não andou mais