Jornal Estado de Minas

Coreto da Praça da Liberdade é reinaugurado com apresentações culturais

Espaço tradicional da capital mineira ficou interditado por quase dois anos para trabalho de restauração

Daniel Silveira Shirley Pacelli

Frequentadores puderam prestigiar apresentações diversas, como teatro de marionetes, no evento que marcou a reabertura do espaço - Foto: Marcelo Sant'anna/EM/D.A.Press

 

Depois de quase dois anos interditado, o coreto da Praça da Liberdade foi reinaugurado na manhã deste domingoUma intensa programação cultural marcou a reabertura do espaço, que irá retomar sua função cultural e de lazer num dos principais cartões postais da capital mineira.

Centenas de pessoas prestigiaram o evento de reabertura do coretoApresentações de teatro, hip-hop, grafite e lambe-lambe fizeram parte da programaçãoA secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, ressaltou a importância do espaço e garantiu que duas câmeras do Olho Vivo serão instaladas em breve para vigilância do local, alvo de vandalismoParreiras afirmou ainda que haverá programação cultural frequente no coreto.

Os trabalhos de restauração tiveram início em dezembro do ano passadoForam recuperados o forro, cobertura, piso, guarda-corpo, pintura, impermeabilização da fundação e piso interno do porãoO coreto foi fechado em fevereiro de 2011, quando foi constatado que o forro de madeira da cobertura começava a apresentar desprendimentos, com risco de acidente para os frequentadores

Coreto seria o único elemento preservado do antigo desenho da Praça da Liberdade - Foto: Marcelo Sant'anna/EM/D.A.Press

Instalado nos jardins da praça da Liberdade em 1913, o coreto sempre foi espaço tradicional de Belo HorizonteProjetado em 1904 por Edgar Nascentes Coelho para ser o Pavilhão da Música, teve sua estrutura metálica trazida da Europa e a base construída em alvenariaDebaixo da escadaria, uma parede preserva a pintura da época, que serviu de referência para a equipe de restauro, chefiada por Maria Regina Ramos, refazer o desenho original com pigmento à base de cal que imita a textura e a cor de tijolinhos nas demais paredes, cobertas por tinta acrílica rosa, marrom e cinza

Conforme o relatório técnico, foram solucionados problemas como infiltração na cobertura e nas paredes do porão e drenagem no entorno do coreto

O investimento foi de R$ 194,4 milOs recursos são fruto da parceria entre o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG), Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG Cultural) e Associação dos Notários e Registradores do Estado de Minas Gerais (Anoreg-MG).
(Com informações de Gustavo Werneck)


Secretária de Cultura do Estado, Eliane Parreiras, garante que serão frequentes as apresentações culturais no coreto da praça - Foto: Marcelo Sant'anna/EM/D.A.Press