Responsável pela fiscalização do serviço de táxi em Belo Horizonte, a BHTrans tem conhecimento do problema da recusa dos taxistas de corridas curtas na estação do trem da Ferrovia Vitória a Minas e tem ações programadas de vigilância no local

No entanto, afirma enfrentar problemas para conter a irregularidadeA gerente de Trânsito da Área Central, Maria Odila de Matos, acha que os passageiros é que têm parcela da responsabilidadeSegundo ela, o trabalho é prejudicado pela falta de organização dos que querem o serviço de táxi“As pessoas não pegam em sequênciaNão tem uma fila e isso atrapalha a ação do fiscal.” Os atrasos do trem também são listados como um fator problemático“Já aconteceu de termos uma fiscalização programada e de o trem atrasarEle não tem hora certa para chegar e nossos funcionários têm horárioNão posso colocar os fiscais lá sem respeitar os horários de descanso deles”, argumentou.

Depois de contactada pela reportagem do EM, a empresa municipal prometeu intensificar as ações de fiscalização no terminal ferroviário nos horários de desembarque, para evitar a recusa de corridas de curta distânciaTambém pretende orientar os passageiros a denunciar os casos de abusoO objetivo do trabalho, segundo a BHTrans, é chegar aos mesmos moldes do terminal Conexão Aeroporto e da rodoviária de BH, onde as ações diárias de monitoramento praticamente zeraram os índices de queixas de passageiros quanto à recusa de viagens curtasDe acordo com a BHTrans, todas as reclamações que chegam à empresa são rigorosamente apuradas com convocação e notificação do motorista.

O Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais (Sincavir-MG) foi procurado insistentemente pelo Estado de Minas, mas não retornou as ligaçõesDe acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, recusar corrida não é infração prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB)No entanto, a corporação informou estar disponível para atuar com a BHTrans, caso seja requisitadaA empresa Vale, responsável pela estação ferroviária, informou nunca ter recebido queixa desse tipo dos passageiros