O diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/ Minas), Lucas Pêgo, questionou a ausência de uma pesquisa que justificasse a leiNa época da sanção, ele já havia contestado o fato e o Legislativo e o Executivo não apresentarem um laudo provando que as pessoas estavam se desidratando nas boates, por deixar de comprar água no preço que é comercializadaSegundo Pêgo, os estabelecimentos não foram chamados para discutir esses valores e nem mesmo a elaboração da leiEle afirma que poderiam ter aparecido ideias diferentes e até uma proposta de tabelar os preços da bebida.
De acordo com o representante da Abrasel, a lei não é boa para o setor e nem para o consumidor, além disso o decreto piorou a situação“Ele coloca dificuldades para o cumprimento da lei”, afirmaFicou estabelecido que as casas noturnas devem fornecer água potável em perfeitas condições de higiene e de uso, colocar os bebedouros foras das dependências sanitárias, fazer manutenção permanente conforme indicação do fabricante do equipamento ou a cada seis meses, além de cumprir as normas de higienização também conforme indicação do fabricante
Enquete: Qual sua opinião sobre bebedouros nas casas noturnas?
Conforme Pêgo, as casas noturnas precisarão de obras para adequar a chegada de água e saída de esgotoElas não poderão aproveitar as instalações hidráulicas já existentes, levando em conta a exigência da colocação fora de banheiros
Pêgo também comentou do custo de cada equipamentoEm uma pesquisa, a Abrasel constatou que um bebedouro,com características que atendem a uma casa noturna, custa cerca de R$ 600“Quem vai pagar isso no fim das contas é o clienteA gente até compreende a intenção da lei, mas contesta que não é uma lei que vai amplamente beneficiar a população”
Por fim, a Abrasel considerou “exacerbada” a cobrança de R$ 500 por bebedouro faltante nas boates e o fechamento do estabelecimento em caso de reincidência“Será que é tão grave assim que precisar de interdição do estabelecimento?”, questiona o diretor