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Estado de Minas

Animais silvestres incomodam população da capital


postado em 09/07/2013 06:00 / atualizado em 09/07/2013 07:08

Além de destruir jardins, capivaras preocupam por causa de carrapatos(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Além de destruir jardins, capivaras preocupam por causa de carrapatos (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)


Primeiro foram os quatis do Parque das Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Agora, as capivaras da Lagoa da Pampulha. Animais da fauna silvestre que habitam a capital estão sendo alvo de reclamações dos moradores. E eles estão soltos por aí. No ano passado, o Ibama recolheu 450 animais silvestres no espaço urbano de BH. O campeão foi o gambá-de-orelha-branca (102), seguido do mico-estrela (46) e a coruja-caburé (40). Os quatis vão para as ruas próximas, reviram o lixo, invadem residências, comem o que veem pela frente e atacam cães e gatos. As capivaras, além de destruir os jardins de Burle Marx, preocupam visitantes pelos carrapatos que deixam em áreas de uso, como o Museu de Arte da Pampulha (MAP).

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Segundo o coordenador do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, Daniel Vilela, os animais apreendidos geralmente são os de maior conflito com as pessoas. “Normalmente, os gambás vivem em forros de casas, comem alimentos de cães e gatos, lixos e outros resíduos”, disse. Só neste ano já foram 365 apreensões, sendo 37 mico-estrelas, 17 gambás e 15 gaviões. A bióloga Camila Teixeira, doutoranda em animais silvestres pela UFMG, estuda a população de animais da capital. Segundo ela, as pessoas reclamam muito também da coruja. Em sete anos de estudo, foram 287 queixas à polícia sobre a ave. Ela ainda destacou a incidência de serpentes, como jararacas de jardim, corais e cascavéis.

Para controlar os quatis, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolve o Projeto Quatis, que elabora um plano de manejo para esses animais e busca parcerias com a iniciativa privada para apoio. A coordenadora do projeto, Nadja Simbera Hemétrio, mestre em ecologia, conservação e manejo da vida silvestre da UFMG, desenvolve um estudo ambiental dos animais com moradores, visitantes e funcionários do Parque das Mangabeiras. “A densidade populacional de quatis no parque é maior do que em outras áreas onde a espécie ocorre. A solução é diminuir o acesso dos animais a alimentos colocando mais lixeiras no parque. Quanto mais alimentos, mais eles se reproduzem”, disse a professora.

Hoje, o vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros, entrega ao Ibama um termo de referência mostrando quais são as pretensões do município para reduzir a população de capivaras na Pampulha. Na sexta-feira, ele revelou que o remanejamento de parte dos 170 animais é a solução mais adequada para resolver o problema. Uma empresa será contratada por meio de licitação para elaborar um plano de manejo, trabalho que deve começar em agosto. Até lá, o município já começou a cercar o gramado da lagoa com telas para evitar a entrada das capivaras.


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