(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Quase 9 mil desistem de provas para perito criminal da Polícia Civil

Concurso, que teve testes reaplicados no domingo, registrou abstenção de 35%


postado em 01/07/2013 07:26

Quase 9 mil candidatos desistiram de concorrer a uma vaga de perito criminal da Polícia Civil de Minas Gerais. Realizada ontem à tarde na PUC Coração Eucarístico, em Belo Horizonte, a prova que substituiu a do fim de maio, cancelada por erro de impressão, deixou de ser feita por 35% dos 24.987 inscritos e não escapou de polêmica. Concurseiros que chegaram minutos depois que os portões haviam sido fechados registraram boletim de ocorrência e pretendem entrar com recurso para que o teste anterior seja validado. O gabarito oficial será divulgado amanhã.

A Academia de Polícia Civil (Acadepol) suspeita que a alta taxa de desistência pode ter relação com boatos que circularam na internet de que manifestantes iriam para a porta da universidade tumultuar o concurso. Por causa da movimentação reduzida, o trânsito na região permaneceu tranquilo e os candidatos que anteciparam a ida não encontraram problemas para chegar.

Confiante, a estudante de ciências exatas Roberta Almeida, de 22 anos, acredita que o cancelamento do primeiro teste pode contribuir para a sua aprovação no concurso. “Encarei a prova anterior como simulado e ganhei tempo para estudar mais”, justifica a candidata de Juiz de Fora, Zona da Mata. Apesar de enxergar a mesma vantagem, o engenheiro civil Clóvis Rabelo, de 25, de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, tinha receio de que a prova ficasse mais difícil. “Achei a primeira muito fácil, então espero que o nível seja mantido.” Os 95 aprovados receberão salário de R$ 5.446,78.

Às 14h02, todos os portões foram fechados. Pouco tempo depois os candidatos que chegaram atrasados já se organizavam para negociar a entrada. Como não foram autorizados a fazer a prova, decidiram registrar boletim de ocorrência com a Polícia Militar. A enfermeira Joana Fida de Sousa Pinto, de 31, está disposta a entrar com recurso para que a Fundação Mariana Resende Costa (Fumarc), organizadora do concurso, considere sua outra prova. “Fui prejudicada da primeira vez por causa de um erro deles, então seria justo que eles tivessem mais tolerância com o horário”, diz. Joana alega que na prova anterior alguns candidatos conseguira entrar depois que o sinal já havia tocado.

Moradora de Nova Venécia (ES), a estudante de biologia Mariana Guidoni Lecchi, de 22, viajou 12 horas para participar do concurso em Belo Horizonte. Desolada por ter perdido a prova, ela ainda não sabe o que fazer. “Teria sido mais justo reaplicar a prova só para quem fez o gabarito B”, opina, referindo-se à prova em que se descobriu o erro de impressão. Havia questões do concurso para técnico em radiologia.

Na visão de representantes da Acadepol, os candidatos tiveram tempo de sobra para chegar à universidade. Eles disseram que, se os atrasados tivessem seguido a recomendação do edital, que orienta chegar uma hora antes do início da prova, não haveria problemas.

Enquanto esperava a mulher, o analista de sistemas Arthur Peçanha, de 27, tentava conversar com algum representante da Fumarc. O carioca quer tentar um acordo para ser ressarcido dos gastos com passagem área e hospedagem para vir a BH em 26 de maio. “Não adianta entrar na Justiça no Rio. Vir aqui para fazer audiência vai gerar custos e não sei se vale a pena”, pondera. Arthur conta que registrou boletim de ocorrência na data anterior, queixando-se de que o fiscal impediu sua mulher de concluir as prova sem dar explicação. O casal soube do cancelamento do teste pela internet.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)