Alem de lojas e escritórios, a maioria dos bares e restaurantes da Praça Diogo de Vasconcelos e de seu entorno, na Savassi, Centro-Sul de Belo Horizonte, ficou fechada ontemA exceção foram alguns estabelecimentos no cruzamento das ruas Paraíba e Antônio de Albuquerque, próximo do ponto dos ônibus que levavam torcedores para o MineirãoA clientela aproveitava para beber ou comer alguma coisa antes de seguir para o jogo na Pampulha
“Sabia que neste local haveria público suficiente para que valesse a pena abrir a casa”, explicou José da Costa, de 39 anos, proprietário do AssacabrasaPara tanto, ele criou estrutura para vender bebidas separadamente do almoçoRemanejou horários de funcionários e colocou carro para buscá-los em casa, caso faltasse ônibusPreocupado com o vandalismo, contratou segurança“Se eu tiver tantas despesas, em todos os jogos, corro o risco de ter prejuízo”, lamentou
Pequenos bares ou lanchonetes da região avaliam que, apesar das manifestações, a Copa das Confederações gerou um bom movimentoEles estimam que nos dias de jogos o público cresceu entre 25% e 30%
CAUTELA
Ninguém esconde a apreensão com o vandalismo na vizinhança ou boatos que, na semana passada, levaram vários estabelecimentos a fechar portas
As opiniões se dividem quanto ao quê esperar durante a Copa do Mundo no próximo ano“Vão avançar serviços como o de bares e restaurantesEstou otimista”, garante Ademilde Fonseca, proprietária do Orizontina, já {as voltas com ampliação de horários de atendimento e do cardápio“Há muita fantasia com a CopaA clientela vai aumentar, mas não tanto quanto se imaginaE durante apenas um mês, o que não justifica tanta supervalorização do evento”, argumenta Leandro de Castro Melo, de 35, proprietário da Takos.
Arsenal de guerra nas mochilas
Os conflitos ainda nem haviam começado e 18 pessoas estavam detidas na 5ª Delegacia Distrital da Polícia Militar até as 16hEram 11 adultos e sete menores de 14 a 17 anos
Nas imediações da Avenida Antônio Carlos cinco jovens foram presos com estilingue, bolas de gude, soco-inglês e pedaços de galão de plástico, que seriam usados como escudoRodolfo Aparecido de Paula Martins, de 20; Marcos Gledeson Balbino Leocádio, de 32; Wilson Rodrigues Cabral, de 29; Roberto Rezende Prado Júnior, de 26; Luiz Henrique Santos Malta, de 22; e Daniel Magalhães de Oliveira, de 18, vieram juntos de Betim.
Vinícius Roosevelt Moreira Mendes, de 23, foi detido na esquina das avenidas Antônio Carlos e Bernardo Vasconcelos carregando parafusosNa porta da UFMG, três jovens chamaram a atenção de guardas municipais pois vestiam casacos pesadosNa revista foi apreendida uma marreta com Gabriel Emílio Lima de Oliveira, de 26, que estava acompanhado de Nikolas Francisco Assiz Clements e Matheus Soares Siman, ambos de 19.
No Centro da capital os policiais encontraram dentro de uma lixeira cinco sinalizadores e uma bombaNa Avenida Pedro I, a ação policial flagrou homens surfando em cima de um ônibus e apreendeu materiais como foguete, touca, coquetel molotov e tesoura, entre outros objetosApenas na Pedro I, três homens foram presos
CENAS DE GUERRA: QUEBRADEIRA E VANDALISMO