Jornal Estado de Minas

Grupos organizados de extrema direita e de extrema-esquerda incitam ataques em BH

Felipe CanĂªdo

- Foto: Tulio Santos/EM/D.A Press.

Por trás da onda de violência e vandalismo que assolou Belo Horizonte no sábado e tem assustado o país nas últimas semanas existe uma realidade complexa que deve ser entendida com urgênciaPara o cientista político Rudá Ricci, grupos organizados de extrema direita e de extrema-esquerda embarcam em manifestações e incitam ataques à polícia, ao comércio e ao patrimônio público“Além deles, muitos manifestantes de primeira viagem acreditam estar vivendo um momento épico e decisivo para o país”, e protagonizam cenas que o país não via há mais de uma décadaEle afirma também que a própria Polícia Militar é inexperiente para tratar de protestos como o de anteontem.

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“Havia vários policiais à paisana corretamente criando um sistema de informações para a políciaSe eles estavam organizados e havia a presença de grupos hostis, claramente com a intenção de se confrontarem com os militares, por que eles não tomaram providências?”, questiona Rudá, que acompanhou as últimas manifestações em Belo HorizonteSegundo ele, alguns grupos radicais anarquistas se vestem de preto e tampam seus rostos, “querem ver o circo pegar fogo”O cientista político afirma ainda que há grupos que aparentam ser de extrema direita: “Pessoas musculosas, bem vestidas, que não são de classes popularesElas também se vestem de pretoNo sábado avançaram de forma organizada sobre a polícia”Ricci destaca que os organizadores dos eventos não conseguiram organizar as manifestações, descentralizadas e com pautas extensas.