Jornal Estado de Minas

Polícia prende ex-marido suspeito de matar juíza mineira no Mato Grosso

Deitado e camuflado com folhas secas, ele não reagiu à prisão. O enfermeiro será ouvido pelo delegado responsável pelo caso nesta tarde.

Cristiane Silva
Glauciene foi assassinada a tiros após uma discussão com o ex-marido dentro do próprio gabinete - Foto: Assessoria/TJMT/Divulgação


Foi preso na manhã desta segunda-feira o suspeito de matar a juíza mineira juíza mineira Glauciane Chaves de Melo, de 42 anos, atingida por um tiro na nuca no último dia 7

Segundo o Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), o ex-marido da vítima, o enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, foi encontrado por policiais militares em uma mata no município de Alto Taquaril, a 479 quilômetros de CuiabáDeitado e camuflado com folhas secas, ele não reagiu à prisãoConforme o órgão, o coordenador militar do TJMT, coronel Wilson Batista, atribuiu a dificuldade para a prisão ao bom condicionamento físico do enfermeiroDe acordo com o coronel, Evanderly serviu ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e fez cursos e busca, salvamento e resgate, conhecendo técnicas que o possibilitaram se esconder em locais de difícil acesso.

Ele foi encaminhado para a Delegacia de Alto Taquaril, onde vai ser interrogado pelo delegado João Ferreira Borges, responsável pelo inquérito, no início desta tardeA prisão preventiva de Evanderly foi decretadaSegundo a Polícia Civil do Mato Grosso, ele deve ser encaminhado para um presídio da região.

Entenda o caso

Segundo informações do Tribunal de Justiça do Mato Grosso, Evanderly, que é de Belo Horizonte e trabalha no Hospital Municipal de Alto Taquari, entrou no gabinete da ex-mulher e iniciou uma discussãoEm seguida, funcionários do fórum ouviram disparosGlauciane teria morrido com dois tirosEvanderly fugiu a pé, chegou a ser perseguido por um segurança, mas se escondeu em um matagalA arma do crime, um revólver calibre 38, foi encontrada pela Polícia Civil no início da tarde na área externa do fórum


O casal tinha um contrato de união estável que foi dissolvido em 21 de janeiro de 2013A separação entre os dois, no entanto, ocorreu em 10 de dezembro, segundo o TJMTO casal não tinha filhosSegundo familiares, mesmo depois da morte de Glauciene, ele fez ameaças à mãe dela, que vive na capital, por telefoneO homem não aceitava o fim do relacionamento.