Tiago de Holanda
Nas cidades banhadas por mar, a praia surge como principal destino de quem quer fugir do corre-corre rotineiro – engarrafamentos, buzinas, horários, contas a pagar
O mirante é rodeado por área verde e não tem postes de iluminaçãoÀ noite, quando a linha do horizonte se esvai, o local cairia em absoluta escuridão, não fossem o luar e carros com faróis acesosÉ até melhor assim, na opinião das poucas pessoas que passam por ali“Aqui é gostoso pra pensarNão tem aquela confusão, barulheira que é o dia a diaNem parece que estamos na mesma cidade”, diz a estudante de pedagogia Emanuele Mateus, de 28 anosEm uma noite de sexta-feira, ela chegou à pracinha acompanhada de quatro colegas, todos da mesma universidade
“É bom para espairecer, bater um papo, ficar à toa”, diz o futuro administrador Marcos Lima, de 28Apontando para um lado, um deles arrisca: “O Mineirão é aquele ali, ó”Outro entra no jogo: “Acho que a lagoa é aquele vão preto”O estudante de ciência da computação Leonardo Oliveira, de 23, parece absorto“Você imagina cada janelinha, várias vidas que estão rolandoVocê começa a pensar um monte de coisasÉ um lugar bom pra reciclar as ideias, pensar sobre si mesmoVocê esquece do mundo, fica só viajando”Filosofia estimulada por esse palco sem cortinas que oferece um espetáculo a cada dia, em Belo HorizonteResta conhecer