Jornal Estado de Minas

Audiência de Maníaco do Anchieta é marcada para 9 de maio

O laudo de sanidade mental do ex-bancário Pedro Meyer Ferreira Guimarães, 56, mostrou que ele pode responder pelos crimes que é acusado. Ele vai encarar na próxima quinta-feira audiência de instrução e julgamento

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri

- Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

No dia 9 de maio às 14h30 o acusado de estuprar 16 mulheres na Grande Belo Horizonte, Pedro Meyer Ferreira Guimarães, 56, conhecido como Maníaco do Anchieta, vai enfrentar o banco dos réus em uma audiência de instrução e julgamentoO Fórum Lafayette não informou a qual caso se refere a sessão, porque todos os processos correm em segredo de Justiça

O maníaco está solto, depois de ser beneficiado por um habeas corpus expedido 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)A decisão, do dia 10 de abril, ocorreu por causa do atraso de um laudo de insanidade mental solicitado pela defesa do ex-bancárioAgora, o laudo já está com a Justiça, que deu prazo para o Ministério Público e para a defesa analisarem o documentoO exame prova que Pedro Meyer é imputável, podendo responder por crimes que é acusadoCom a posse do documento, a Justiça pode "andar" normalmente com os processos em que o ex-bancário é réu

Pedro Meyer ficou impune por muitos anos até que em 28 de março de 2012, ao passar por uma avenida no Anchieta, uma mulher reconheceu o ex-bancário como o homem que a atacou quando criança, no Cidade Nova, Nordeste de BHEla o seguiu até o prédio em que morava e ele foi presoCom a divulgação do caso, pelo menos outras 15 mulheres o denunciaram por estupro na década de 1990, quando eram crianças ou adolescentes

A defesa de Pedro entrou com pedido na Justiça de “incidente de insanidade mental”, em junho

No mês seguinte, a polícia concluiu as investigações e os processos no qual o ex-bancário é acusado foram remetidos à Justiça, mas alguns não foram adiante, por prescrição do crimeEm dezembro e janeiro foram adiadas audiências, já que o laudo de insanidade não estava concluído