Jornal Estado de Minas

Fotógrafo é assassinado a tiros em Coronel Fabriciano

Walgney Assis Carvalho, 43 anos, trabalhava no Jornal Vale do Aço, mesmo veículo em que trabalhou o repórter Rodrigo Neto, de 38 anos, assassinado em março deste ano. De acordo com o jornal, o fotógrafo atuava na área policial

- Foto: Reprodução Facebook
Um fotógrafo freelancer do Jornal Vale do Aço foi assassinado no fim da noite de domingo em Coronel FabricianoWalgney Assis Carvalho, 43 anos, foi executado a tiros dentro de um pesque-pague que costumava frequentarUm homem encapuzado chegou armado e atirou três vezes à queima-roupa contra o fotógrafo, que atuava na área policial, conforme informou o veículo onde trabalhava

De acordo com a Polícia Militar (PM), testemunhas informaram que o atirador estava rondando o local desde o início da noite e fazia muitas ligações pelo celular, mesmo assim não levantou suspeitaPor volta de 22h, ele se aproximou de Walgney e atirou friamenteUm tiro atingiu a cabeça do fotógrafo e outro pegou na axilaO assassino fugiu a pé e a cerca de 50 metros do pesque-pague subiu em uma moto NX pretaa polícia ainda apura se havia outro comparsa na moto

De acordo com a PM, dois homens que têm várias passagens pela polícia e são conhecidos pela criminalidade foram vistos durante o fim de semana no pesque-pagueA policia ainda não está conectando esse dois suspeitos ao crime contra Walgney, mas eles podem ser investigados pela Polícia CivilSegundo o Jornal Vale do Aço, Walgney também prestava serviços para a perícia da corporação na cidade.

Esse é o segundo crime contra profissionais do mesmo jornal apenas em 2013
Conhecido por denunciar crimes envolvendo policiais no Vale do Aço, o jornalista Rodrigo Neto, de 38 anos, foi assassinado no dia 7 de março quando entrava em seu carro, logo depois de sair de um churrasquinho que frequentava regularmente no Bairro Canaã, em Ipatinga, no Vale do AçoDois homens passaram em uma moto e atiraram no repórterEle chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentosA Polícia Civil, que está investigando o caso, descartou a possibilidade de latrocínio, já que os assassinos não levaram nada

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) está ajudando nas apurações sobre a morte de Rodrigo e agora já entrou também no caso sobre o assassinato de WalgneyA ministra Maria do Rosário, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República esteve em Belo Horizonte no fim de março para cobrar agilidade nas investigações sobre a morte do repórter.