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Estado de Minas

Obra de contenção avança e está quase pronta para alívio do Buritis

Um ano e meio após queda de prédio e demolição de outro, obra está no final


postado em 08/04/2013 06:00 / atualizado em 08/04/2013 07:24

Landercy Hemerson

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)


O pesadelo dos moradores da Avenida Protásio de Oliveira Penna e da Rua Laura Soares Carneiro, no Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte, parece estar perto do fim. As obras de contenção da encosta que engoliu um prédio de três andares e condenou outro à demolição estão na reta final depois de quase um ano e meio do surgimento dos problemas de desestabilização do terreno. “Para os moradores do entorno, a conclusão das intervenções corretivas é motivo para comemorar, já que acaba com o risco de novos deslizamentos. É claro que para quem ficou sem seus imóveis o pesadelo vai continuar”, diz o diretor de comunicação da Associação de Moradores do Bairro Buritis (ABB), Paulo Gomide.


O drama de seis moradores do Edifício Vale dos Buritis, na Rua Laura Soares Carneiro, 211, e três famílias do prédio vizinho, Art de Vivre, teve início em 22 de outubro de 2011. Uma obra de corte do terreno nos fundos das edificações teria desestabilizado o terreno. As paredes do Vale dos Buritis trincaram e o estacionamento cedeu. Três mês depois ele desabou. Já o Art de Vivre inclinou em decorrência da movimentação do solo e teve que ser demolido. Moradores do primeiro edifício, que já travavam uma briga na Justiça contra a construtora Estrutura Engenharia, por problemas anteriores no imóvel, tiveram que abandonar seus apartamentos de imediato.


A supervisora de call center Rita Piumbini, de 52 anos, ex-moradora do apartamento 101 do Edifício Vale dos Buritis, demonstra pessimismo em relação ao fim da obra de contenção. “Ninguém nos falou nada sobre o destino do terreno. Não sabemos se vai se tornar uma praça pública e a prefeitura vai nos indenizar”, explicou. Rita reclama da demora da Justiça para decidir sobre a responsabilidade da empresa que construiu o prédio em que morava. “O processo já está concluído e não fomos chamados para qualquer audiência. A cada dia minhas expectativas são as piores. Temo que não seremos restituídos dos danos ou isso vai se arrastar por mais 10 a 15 anos.”


Paulo Gomide espera que ainda este mês a Rua Laura Soares Carneiro seja liberada e a obra entregue. “A previsão era para janeiro, depois fim do mês passado e agora já observamos que o canteiro de obras está sendo desmontado. Não sabemos qual será a destinação do espaço. O terreno cedeu devido a uma intervenção da iniciativa privada. A prefeitura fez seu papel de intervir de forma corretiva, para evitar danos maiores aos outros edifícios da Rua Laura Soares e aos imóveis da Avenida Protásio de Oliveira Penna”, afirmou. Paulo sugere que se faça uma praça no local. “Se o poder público faz o trabalho preventivo, não precisava dos gastos com o corretivo. Já que investiram dinheiro público, que o espaço se destine à comunidade.”


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