Júlia Niyama, de 1 ano, já parece um peixinhoCheia de intimidade com a água, a filha de Pedro Meireles, de 31, e de Alouette Niyama, de 37, faz aulas de natação duas vezes por semana e enche os pais, profissionais de educação física, de orgulho“A Júlia tem muita energiaNos dias de natação ela chega mais calma em casa”, diz a mãeAlouette destaca ainda a importância da atividade para a segurança“A piscina deixa de ser um bicho-papão”, sorriPara Pedro, começar cedo é importante para que a fase “tão receptiva aos estímulos” seja aproveitada.
Além das aulas de inglês, Maria Vitória, de 3, faz natação, balé e judôDesde os 10 meses, a mocinha nada com a mãe, Milena PereiraA menina já passou pelo curso básico do Minas TênisA mamãe companheira está atenta para evitar sobrecargaFaz questão que a filha tenha tempo de sobra para a infância
A empresária Bruna Jardim, mãe dos gêmeos Luca e Hugo, de 4, reconhece na prática de esportes mudanças importantes na vida dos filhos desde que eles, aos 6 meses, começaram a nadar“Foco, concentração e menos estresseUma melhora muito significativaTanto no que se refere ao físico, quanto ao emocionalEstão bem mais disciplinados”, avaliaNo tatame, sob o olhar do sensei, o depoimento da mãe se confirma
Outro pequeno de quimono é destaque no grupo da Bodytech, na SavassiBernardo, de 4Filho do neurocirurgião Franklin Bernardes Faraj, de 36, o jovem judoca faz festa com as brincadeiras de “gato guerreiro”O pai percebe a prática esportiva fundamental para a socialização e disciplinaFranklin conta que, logo que Bernardo completou 1 ano de vida, colocou-o na natação“Primeiro, por segurança: é nadar para não morrer”, justifica o médico, pai também de Maria Paula, de 7 meses.
Atleta do Minas Tênis desde 1979, o faixa preta Luiz Augusto Teixeira, de 44, presidente da Federação Mineira de Judô, vê com alegria as crianças cada vez mais cedo nas academiasO professor considera a atividade física, essencialmente, saúdeReceia, entretanto, a “especialização precoce”“A prática na infância, com acompanhamento, de forma diversificada e lúdica, desperta o prazer para a prática esportiva na vida adulta”, considera
Para Luiz Augusto, é fundamental que a individualidade da criança seja respeitadaDe acordo com o professor, é preciso ficar atento aos sintomas de cansaço“Sonolência, insônia, inapetência e irritabilidade, por exemplo, são sinais de excesso”, alertaO mestre, pai de Luiz Henrique, de 4 – um dos mocinhos do tatame na tarde de treinos –, ressalta a importância do lúdico no treinamento dos mais jovens“Temos que cobrar, mas não excessivamente.”