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Estado de Minas

Aumento dos casos de dengue em 8 cidades vizinhas a Belo Horizonte preocupa governo

Na Região Norte da capital, onde há mais doentes, dois médicos faltaram a plantão em UPA


postado em 30/03/2013 00:12 / atualizado em 30/03/2013 08:45

Pacientes na UPA norte - Prefeitura diz que punirá médicos faltosos(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Pacientes na UPA norte - Prefeitura diz que punirá médicos faltosos (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) entrou na lista de regiões que mais preocupam a Secretaria de Estado de Saúde (SES) por causa da dengue. O número de casos tem crescido rapidamente em pelo menos oito cidades da Grande BH nas últimas semanas e tem demandado estratégias emergenciais para conter o avanço das contaminações. Somente em Belo Horizonte, já são 5.760 casos confirmados. O número ainda pode ser maior, já que a cidade contabilizou 23.479 notificações nos primeiros três meses do ano, e ainda há 15.400 exames laboratoriais à espera de análise.


Além da capital, as cidades de Matosinhos, Vespasiano e Pedro Leopoldo preocupam a Secretaria de Estado de Saúde pelo alto índice de contaminação pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A situação também é crítica em Betim, que segundo a Secretaria Municipal de Saúde registra 3.734 casos suspeitos. Municípios próximos à cidade, como Sarzedo, Igarapé e São Joaquim de Bicas, também estão entre as localidades que preocupam o governo estadual em função do rápido aumento de notificações.

Na Região Norte de BH, a que mais registrou casos na capital até agora, é fácil encontrar ruas ou quarteirões onde há vários moradores com dengue. No Bairro Floramar, na Rua Coronel João Moreira, ao longo de um trecho de apenas 80 metros, há seis pessoas doentes e uma recém-curada. Em uma das casas, marido e mulher tentam se recuperar. “Estou sentindo muita fraqueza. Tem hora que me dá náusea. A boca está muito seca”, diz a dona de casa Vicentina das Neves Sousa, de 67 anos. Os sintomas começaram a aparecer há uma semana, dias depois de o protético Edmar Faustino de Sousa, de 73, também receber o indesejado diagnóstico. “Achei que era uma gripe comum, mas foi piorando, surgiram manchinhas vermelhas no corpo. Estou sentindo um pouco de dor nas pernas, desânimo”, descreve.

Em outra residência, a operadora de telemarketing Luciana Albuquerque, de 28, chegou a ficar sete dias de atestado médico, mas já se recuperou do mal. Por sua vez, a mãe, Ivone Albuquerque, 56, ainda peleja contra o vírus. “Os sintomas tinham diminuído, mas voltaram a ficar fortes ontem (quinta-feira). Fraqueza, dor nas juntas, algumas manchinhas. Estou tomando soro e analgésico”, diz a aposentada.

Demora O servente de pedreiro José Paulo Filho, de 50 anos, teve de procurar a Unidade de Pronto- Atendimento (UPA) Norte na manhã de ontem depois de apresentar sintomas de dengue hemorrágica. “Cheguei às 8h, com o nariz sangrando, mas até as 15h não tinha recebido atendimento. Disseram que só tinha um médico para todo mundo”, reclamou o homem. Sem atendimento, o homem acionou a Polícia Militar, que registrou a ocorrência. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que dois médicos que estavam de plantão faltaram. “As penalidades previstas serão aplicadas”, afirmou a secretaria, em nota.

A coordenadora do programa estadual de combate à dengue, Geane Andrade, explica que uma das principais medidas para atender os pacientes da RMBH é a criação de postos de atendimento. “Estão sendo criadas unidades de hidratação em Contagem, Betim e Belo Horizonte para atender o maior número de pessoas possível.” Além disso, ela ressalta que as ações de controle, com uso de larvicida e o trabalho dos agentes de controle de endemias têm sido reforçadas. “Mas as pessoas têm de continuar cuidando para que não tenhamos novos focos. É preciso atenção aos pratinhos de plantas, caixas- d’água, calhas e tudo que possa acumular água parada para evitar criadouros”, ressalta.

 

 


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