Jornal Estado de Minas

Revolta diante de hospitais lotados

Flávia Ayer
Christiane depois de longa espera: "Pagamos plano de saúde e o que ocorre é total displicência" - Foto: Marcos Michelin/EM/D.A PRESS
A fila de atendimento ultrapassa a porta do Hospital Belo Horizonte, no Bairro Cachoeirinha, na Região NordesteOs pacientes também se apertam nos corredores da unidade e há gente sentada até no chãoA maioria relata estar com dores no corpo, febre, prostração, dor nos olhos, todos sintomas típicos da dengue, que responde por 90% dos casos atendidosA espera ultrapassa seis horas.

“Eu e meu marido estamos com sintomas da dengueSão quase 14h e estamos aqui desde as 8h20Pagamos o plano de saúde e o que ocorre é uma total displicência em relação aos pacientes”, reclama a artesã Christiane Menezes, de 39 anos, toda agasalhada e sem lugar nem para sentar.

O aposentado José Luiz de Andrade, de 72, também não continha a indignação diante da demora“Isso aqui está pior que o SUS”, disse, ao acompanhar a esposaA assessoria de comunicação do hospital informou que houve um reforço no quadro de profissionais, mas não detalhou medidas adotadas pela instituição.

SUS Amanhã, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) promete detalhar quais postos de saúde vão funcionar para o atendimento de casos suspeitos durante o feriado da semana santaNo fim de semana, oito centros foram abertos, das 7h às 17h, e atenderam 987 pacientes, nas regiões Leste, Noroeste, Nordeste, Norte, Pampulha e Venda Nova.

Veja infográfico sobre a doença