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Estado de Minas

Médicos "furam" plantões em hospitais do SUS e prefeitura anuncia punição para eles


postado em 04/03/2013 17:38 / atualizado em 04/03/2013 18:54

A falta de médicos nos serviços de pronto-socorro vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) virou um problema crônico em Montes Claros, principalmente, nos fins de semana. A prefeitura da cidade decidiu tomar medidas duras para resolver problema, anunciando que vai reforçar a fiscalização e punir os médicos que faltarem aos plantões.

As providências foram anunciadas, ontem, pelo prefeito Ruy Muniz (PRB), que, no domingo, visitou quatro hospitais do município que prestam atendimento de urgência e emergência aos usuários do SUS, a fim de conferir a situação “in loco”.
As “inspeções” foram feitas de surpresa. Ruy Muniz disse que constatou a falta de médicos nos quatro hospitais conveniados do SUS: Alpheu de Quadros (Municipal), Santa Casa, Aroldo Tourinho e Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF).

Segundo o prefeito, foi verificado que os médicos não estão cumprindo as escalas de plantões. “Pasmem. Chegamos ao Hospital Aroldo Tourinho às 10 da noite e o pronto socorro do hospital, que recebe dinheiro do SUS para funcionar 24 horas por dia, simplesmente estava fechado, um cartaz na porta, informando sobre a falta de médicos”, afirmou Muniz.

Ele também anunciou que já determinou à Secretaria Municipal de Saúde descontar 12 horas no pagamento de plantões dos médicos do Aroldo Tourinho. Ontem à tarde, o provedor do hospital, Paulo César de Almeida, informou que já abriu uma sindicância interna para apurar a ausência dos médicos nos plantões.

“Ainda estamos apurando o que realmente aconteceu. Não foram todos, alguns médicos escalados para o pronto socorro não compareceram ao serviço. Diante da gravidade do fato, cabe à direção do hospital apurar e tomar todas as medidas cabíveis e aplicar as punições necessárias”, anunciou Almeida.

O provedor elogicou a iniciativa do prefeito de fazer a inspeção nos serviços de pronto-socorro para acompanhar o atendimento médico. “A questão das escalas (dos médicos) tem sido um grave problema. Temos que debruçar sobre a questão e tentar soluciona-la. Mas não é um problema que se resolve da noite para o dia”, argumenta Paulo César de Almeida.
O prefeito Ruy Muniz disse que uma das medidas a serem adotadas pela prefeitura será a contratação de “enfermeiros auditores” para fiscalizar o trabalho dos médicos e o atendimento aos segurados do SUS dentro dos serviços de pronto-socorro. Ele também disse que a Municipalidade pretende aumentar a remuneração dos profissionais e contratar mais especialistas, sobretudo pediatras e anestesistas. As medidas serão discutidas em reunião entre o chefe do executivo municipal e dirigentes dos hospitais, nesta terça-feira à tarde.


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