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Estado de Minas

Morte cerebral determina doação de órgãos


postado em 03/03/2013 00:12 / atualizado em 03/03/2013 07:49

Para retirar órgãos de um paciente não vivo, o potencial doador deve ser um paciente com critérios para o diagnóstico de morte encefálica. "São pacientes que já se encontram em coma no grau máximo, chamado Glasgow 3. É importante ressaltar que a morte encefálica já é a morte. O paciente ainda persiste por dois ou três dias com algumas funções graças a medicamentos e aparelhos", diz Charles Simão Filho, diretor do complexo MG Transplantes.


Uma série de testes neurológicos são realizados e repetidos após seis horas. Além disso, o paciente que está sendo avaliado não pode ter sido sedado e não pode estar hipotérmico antes dessa avaliação. Em muitos países o teste se encerra aí. Na legislação brasileira, ainda é realizado um exame de imagem que comprova total inatividade do sistema nervoso central. "A margem de erro é zero. Não existe na literatura médica nenhum protocolo concluído e assinado por dois médicos que apresente reversão do quadro", garante. Quem pensa em doar deve comunicar o desejo a familiares. Apenas irmãos, avós, netos e cônjuges podem autorizar a doação.

Transplantes pelo SUS

O Brasil tem hoje o maior sistema público de transplantes de órgãos e tecidos do mundo, sendo 95% dos procedimentos realizados pelo SUS gratuitamente. A assistência ao paciente transplantado inclui desde os exames preparatórios para
a cirurgia até o pagamento dos medicamentos pós-transplante. Em 2011, foram realizados 23.397 transplantes.

Memória

Exército imunológico

Por muitos anos, os cientistas pensaram sobre como substituir um órgão doente por um saudável. Inicialmente, o problema era que o corpo humano não era receptivo aos tecidos estranhos. O sistema imunológico é como um exército em guarda contra qualquer invasão, como por bactérias e vírus. Quando o tecido de um doador é colocado dentro do corpo, esse exército imunológico o vê como um invasor e parte para a batalha. As células brancas do sangue atacam e destroem o tecido desconhecido, em um processo conhecido como rejeição.
Nos anos 1950, os cientistas Joseph Murray e David Hume perceberam que a rejeição não ocorria entre gêmeos idênticos, graças à total semelhança genética. Assim, realizaram o primeiro transplante de um órgão vital na história em 1954, entre gêmeos idênticos no Hospital Brigham and Women, em Boston. Foi um passo importante, mas somente uma década depois os cientistas descobriram que a chave da doação entre não gêmeos seria a supressão da reação imunológica do receptor. Surgiram, aí, os medicamentos imunosupressores. 


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