Para retirar órgãos de um paciente não vivo, o potencial doador deve ser um paciente com critérios para o diagnóstico de morte encefálica
Uma série de testes neurológicos são realizados e repetidos após seis horasAlém disso, o paciente que está sendo avaliado não pode ter sido sedado e não pode estar hipotérmico antes dessa avaliaçãoEm muitos países o teste se encerra aíNa legislação brasileira, ainda é realizado um exame de imagem que comprova total inatividade do sistema nervoso central"A margem de erro é zeroNão existe na literatura médica nenhum protocolo concluído e assinado por dois médicos que apresente reversão do quadro", garanteQuem pensa em doar deve comunicar o desejo a familiares
Transplantes pelo SUS
O Brasil tem hoje o maior sistema público de transplantes de órgãos e tecidos do mundo, sendo 95% dos procedimentos realizados pelo SUS gratuitamenteA assistência ao paciente transplantado inclui desde os exames preparatórios para
a cirurgia até o pagamento dos medicamentos pós-transplanteEm 2011, foram realizados 23.397 transplantes
Memória
Exército imunológico
Por muitos anos, os cientistas pensaram sobre como substituir um órgão doente por um saudávelInicialmente, o problema era que o corpo humano não era receptivo aos tecidos estranhosO sistema imunológico é como um exército em guarda contra qualquer invasão, como por bactérias e vírusQuando o tecido de um doador é colocado dentro do corpo, esse exército imunológico o vê como um invasor e parte para a batalhaAs células brancas do sangue atacam e destroem o tecido desconhecido, em um processo conhecido como rejeição.
Nos anos 1950, os cientistas Joseph Murray e David Hume perceberam que a rejeição não ocorria entre gêmeos idênticos, graças à total semelhança genéticaAssim, realizaram o primeiro transplante de um órgão vital na história em 1954, entre gêmeos idênticos no Hospital Brigham and Women, em Boston