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Estado de Minas

Mineiros caem em golpe de aluguel de casa em Guarapari


postado em 22/02/2013 06:00 / atualizado em 22/02/2013 07:09

Polícia não consegue localizar Célia, acusada de estelionato(foto: Policia Civil/ES/Divulgação)
Polícia não consegue localizar Célia, acusada de estelionato (foto: Policia Civil/ES/Divulgação)
O feriado da semana santa se aproxima e todo cuidado é pouco para quem pretende alugar uma casa em Guarapari, no litoral do Espírito Santo, um dos destinos preferidos dos mineiros no verão. Somente no réveillon e no carnaval, uma mulher, que deu prejuízo de mais de R$ 30 mil a sete mineiros e a um carioca, alugando pela internet casas inexistentes. A suspeita, Célia Ribeiro, de 53 anos, vem aplicando golpes desde 2005, segundo o delegado de Guarapari, Luiz Carlos Pascoal, que conseguiu da Justiça o terceiro mandado de prisão contra ela, mas não consegue localizá-la. O delegado disse que o número de vítimas pode ser muito maior. “Ela foi presa e conduzida à Justiça, mas foi solta por não haver flagrante”, disse.


A estelionatária é natural de Astolfo Dutra, Zona da Mata, mora em Vila Velha (ES) e aplica os golpes em Guarapari. “Ela foi arrendatária de uma pousada e há três anos perdeu o contrato. A partir daí, ela começou a fechar contratos de aluguel com antigos clientes”, conta o delegado.

Internet

Segundo o policial, Célia pedia às vítimas para depositar metade do valor cobrado na conta de terceiros. “Ela movimentava a conta de uma idosa semianalfabeta com a justificativa de que havia se separado do marido. Abria contas bancárias em nome de outras pessoas para as vítimas depositarem o dinheiro”, disse.

Uma das vítimas foi a dona de casa Maria Stela de Carvalho, de 61, de Passos, no Sul de Minas. “Paguei R$ 9 mil pelo aluguel de duas casas no réveillon e mais R$ 1,3 mil para a mulher comprar carne para churrasco para mim”, disse a dona de casa, que primeiro alugou uma casa para ela e a família. Diante do interesse de amigos, ela organizou uma excursão com dois ônibus e alugou mais um imóvel.

Maria Stela conta que soube do aluguel pela internet. “Fechei negócio com ela com quase um ano de antecedência. Fui depositando dinheiro aos poucos, todo mês, e ela até me mandou o contrato de aluguel”, disse a dona de casa, que fez os primeiros depósitos na conta de Célia Ribeiro e depois foi orientada a usar a conta de Maria Ângela da Silva. “Minha nora entrou na internet e pegou fotos das casas e os endereços. O contrato parecia certinho”, disse.

A viagem estava programada para 27 de dezembro. Poucas horas antes, Célia avisou Maria Stela que havia “perdido” as casas. A partir de então, ninguém mais conseguiu falar com ela, segundo a dona de casa. “Fiquei louca. O jeito foi fazer a viagem e arcar as despesas com o meu dinheiro”, disse. Maria Stela conta que tentou localizar Célia, mas não conseguiu. “Não tenho dinheiro nem para contratar advogado agora”, lamentou. “Nunca mais quero saber de Guarapari. Estou traumatizada”, acrescentou.

Drama

Maria Stela disse ter acompanhado o drama de várias famílias que alugaram uma mesma casa no réveillon. O operador de máquinas Maurício Guilherme Lopes Filho, de 42, de Contagem, na Grande BH, também caiu no golpe . “Aluguei uma casa e fui com a mulher e filhos passar o réveillon em Guarapari. Ela mandou depositar o dinheiro na conta de outra pessoa, dizendo que era irmã dela. Depositei R$ 1 mil e depois mais R$ 500. Viajei em 25 de dezembro e dois dias antes ela já não atendia mais o celular. Fui obrigado a alugar outra casa”, disse Maurício.
 


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