Torcedores do Cruzeiro invadiram a Sede Campestre do clube na madrugada desta quinta-feira no Bairro Santa Amélia, no Região da Pampulha em Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar (PM), revoltados com a quantidade ingressos disponibilizadas para o clássico de domingo, os torcedores entraram e destruíram parte do imóvel que fica na Rua das Canárias, no Bairro Santa Amélia. O grupo também saqueou uma loja da Cruzeiro Mania que fica dentro do clube.
Centenas torcedores estavam na porta da sede no momento da confusão. Os cruzeirenses acamparam na porta da sede para comprar ingresso, porque a venda para não sócios do Cruzeiro começaria às 9h de hoje. Por volta de 4h, o público avançou pela portaria e o vigia precisou se esconder para evitar agressões.
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Cerca de 10 homens renderam o segurança e levaram 70 camisas femininas e masculinas do Cruzeiro. Entre vidraças quebradas e produtos roubados, o prejuízo do proprietário é de R$ 48 mil. “Entraram e renderam o segurança sem motivo aparente” afirma o dono do comércio, Bruno Santos de Oliveira.
De acordo com a PM, ninguém foi preso, mas uma grande efetivo policial foi deslocado para a portaria na tentativa de controlar o tumulto. Ainda segundo a polícia, na outra sede do clube no Barro Preto, onde também haveria venda de ingressos, houve confusão. Paredes foram pichadas, vidros quebrados e foi necessária intervenção policial para controlar os torcedores.
O clássico de domingo às 17h marca a reabertura do Mineirão. Cruzeiro e Atlético se enfrentam pelo Campeonato Mineiro. Para evitar tumultos no estádio, os cruzeirenses chegarão pela Avenida Presidente Carlos Luz e entrarão pela Esplanada Sul, através dos portões B, C e D. Os atleticanos chegarão pela Avenida Presidente Antônio Carlos, pela Esplanada Norte, usando os portões A, E e F.
O em.com.br entrou em contato com a assessoria do Cruzeiro, mas o clube ainda não tinha informações sobre a confusão.
Apesar da confusão, torcedores continuaram animados pela manhã na fila para compra de ingressos:
Imagens: Euler Júnior
Julgamento
Às vésperas do primeiro clássico de 2013, integrantes da Galoucura enfrentam o banco dos réus em julgamento pelo crime contra o cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, assassinado em novembro de 2010. Ele foi espancado até a morte na Avenida Nossa Senhora do Carmo, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
São julgados diretor da Galoucura, Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, Cláudio Henrique Sousa Araújo, o Macalé, João Paulo Celestino Souza, Eduardo Douglas Ribeiro de Jesus, Josimar Júnior de Sousa Barros e Windsor Luciano Duarte Serafim.
Outros seis acusados respondem pela morte de Otávio, mas ainda não há data marcada para julgamento. A sessão desta quinta-feira está marcada para começar às 8h30, depois de um quarta-feira tensa no Fórum Lafayette, em BH. A audiência de ontem invadiu a madrugada, com enfrentamentos entre defesa e acusação, além de depoimento de testemunhas. O promotor Francisco Santiago defendeu em júri o fim das torcidas organizadas.