A capital tem cerca de 300 mil árvores nas nove administrações regionais, de acordo com a Secretaria de Meio AmbienteO número poderá crescer ainda mais, devendo chegar a 350 mil com a realização do Sistema de Inventário das Árvores de BH, parceria da prefeitura com a Cemig e execução da Universidade Federal de Lavras (Ufla), iniciado em outubro de 2011, previsto para terminar este ano“Todas essas questões, como intervenções inadequadas, estão sendo acompanhadas”, disse o gerente da área de Projetos Especiais, arquiteto Júlio de MarcoSegundo ele, as ações para o combate de pragas e insetos são feitas há anos pela PBH.
A publicação na edição de ontem do Diário Oficial do Município (DOM) da Lei 10.610, que trata do combate às pragas e insetos, não estava inserida no Código de Posturas da capital, reeditado há três anosDe acordo com a Secretaria Municipal de Regulação Urbana, essa prática não estava expressa no textoDessa forma, houve um acréscimo – artigo 29-B – ao capítulo II do título II da Lei 8.616/03, de 14 de julho de 2003Por ela, “no caso de árvores que estejam em risco de queda devido à ação de pragas e insetos, o Executivo obriga-se a proceder ao seu isolamento, para evitar danos materiais e a resguardar a segurança dos munícipes”
Atitude
Na Rua Inconfidentes, a advogada Izabela Guimarães apoiou a decisão do zelador, e Cláudia Ruela, moradora de um prédio, considerou “absurdo” cimentar as raízesA Regional Centro-Sul informou que a prefeitura não foi responsável por esse serviço e que a ordem é manter “o quadrado ecológico” no entorno da base do troncoA questão será avaliada por técnicos da Gerência de Fiscalização Integrada, que visitarão o local para tomar as medidas cabíveis
Em outras regiões da cidade impera também o desrespeitoNa esquina das ruas Ouro Preto e Aimorés, no Bairro Barro Preto, na Centro-Sul, há uma árvore na mesma situaçãoAlém disso, a base do tronco dela é usada como banheiro“É horrível passar aqui e ver sujeira e o cimento cobrindo as raízes”, disse a auxiliar jurídica de uma construtora Renata AlvesPerto dali, uma árvores convive com entulho e lixo.
Cimentar a base de uma árvore é uma atitude criminosa, segundo o professor de Departamento de Botânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) João Renato Stehmann“É preciso deixar uma área permeável ao redor do tronco, para não impedir que a água da chuva entre no soloO recomendável é deixar um pequeno quadrado, seguindo as técnicas de plantioNão agir assim é deplorável”, afirmou o professor.
Repercussão leitores comentam no em.com.br
Em vez de só falar, vamos agir como podemosEntrem no site da PBH, na aba "Fale Conosco" e depois SACWEBPode-se fazer denúncia anônima ou não sobre as mais diversas situaçõesJá usei várias vezes e deu certo em quase 100% dos casosVamos todos fiscalizar o nosso patrimônio público.
Luiz Neves
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Na Rua Gonçalves Dias, no Bairro de Lourdes, do lado do Super Nosso, os moradores conseguiram tirar o cimento de uma árvore que
estava agonizando.
Luiza Lu
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É simplesmente vergonhoso! É comum andarmos pelas ruas assistindo a todo tipo de agressão ao meio em que vivemos (pessoas jogando lixo pelas janelas dos automóveis etce tal)Penso que essa geração vai melhorar somente se for reinventadaAs escolas têm que agir urgentemente na educação das próximas
Wagner Damasceno
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Não é à toa que tantas árvores caem durante as chuvas em BHIsso é uma falta de respeito.
Dayane Machado
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BH agoniza com a barreira de prédios do Belvedere e com o sumiço de árvores de suas ruas
Matheus Cherem
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É por isso que as árvores apodrecem e caemElas não conseguem absorver água porque suas raízes ficam impermeabilizadas por asfalto e concreto
Alexandre Lopes