Jornal Estado de Minas

Escola de Arquitetura da UFMG terá câmeras depois de onda de assaltos

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou para breve a instalação de 50 câmeras de segurança nos arredores da Escola de Arquitetura
A medida será tomada em resposta às queixas frequentes de alunos do período noturno sobre o alto índice de roubos e furtos na regiãoOs estudantes afirmam que viraram alvo de bandidos, principalmente por causa dos computadores que levam para as aulas no prédio da Rua Paraíba, esquina com a Gonçalves Dias, na Savassi.

A UFMG informou ainda que vai agendar reunião com a Polícia Militar para pedir reforço na segurançaA estudante Renata Pedrosa Barbosa, do 5º período de arquitetura de urbanismo, foi assaltada na noite de terça-feiraEla não encontrou vaga de estacionamento no quarteirão da universidade e deixou o carro em local afastado, ainda na Rua Gonçalves DiasNa hora de ir embora, quando abriu a porta do veículo foi abordada por um homem, que anunciou o assalto e levou carro e computador“A gente está exposto ao perigo e nem sabeLá na escola há muitos assaltos e carros arrombadosA Rua Paraíba é muito deserta, mal iluminada e não tem policiamento, o que favorece a ação dos bandidos”, diz a aluna.

O estudante Matheus de Figueiredo Colla, do 4º período de arquitetura e urbanismo, teve o computador furtado dentro da escola, quando ele e alguns colegas deixaram bolsas sobre bancos e cadeiras durante um intervalo e se distraíram: “Por volta de 22h, fui pegar a mochila e ela estava sem o notebookNesse dia, havia um senhor diferente na faculdadeEle já havia tentado carregar a mochila de um outro colega e ficou rondando a cantina”.

Os universitários desconfiam que ladrões estão entrando com o objetivo de levar computadores, pois não há restrição de acesso à escola
Ele registrou boletim de ocorrência e pede por mais segurança“Polícia eu nunca viHoje eu vou de carro, mas do 1º ao 3º período ia de ônibus e uma vez ou outra tinha uma viatura no trajetoPerto da escola tem muita árvore, fica muito escuro e perigoso”.

A UFMG informou que tem conhecimento dos crimes no entorno da faculdade, mas não foi comunicada sobre furtos dentro do prédioA escola também está discutindo a possibilidade de instalação de catracasOs estudantes contam ainda que dois professores também já foram vítimas de assaltos e perderam equipamentos importantes.

POLICIAMENTO O major Carlos Alves, comandante da 4ª Ciado 1º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela área, disse desconhecer o ataque a alunosEle afirmou que roubo a pedestres e arrombamentos de veículos são as ocorrências mais frequentes na região, por isso orienta para as medidas autoprotetivas, como evitar locais mal iluminados e não deixar material nos carros.

Segundo o militar, a área é monitorada pelas viaturas do Programa Polícia e Família, mesmo que em escala reduzida“O local é um pouco ermoÀ noite a presença da PM diminui e ela vira um terreno fértil para o bandido
Se tiver uma vítima em potencial, o agente querendo cometer o crime e falta de segurança, facilita a ocorrência”, afirma.

A PM informou que está aberta para diálogo com os estudantes e pode planejar o envio de viaturas na saída e entrada de alunos, caso seja demandadoEle também pode receber os alunos na 4ª Companhia, que fica na Rua da Bahia, 1.201 – prédio do Museu Inimá de Paula. (Colaborou Sara Lira)