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Estado de Minas

Prêmio Nobel visita BH

Wole Soyinka veio à capital mineira tratar da participação brasileira em festival nigeriano


postado em 14/11/2012 06:00 / atualizado em 14/11/2012 06:44

Escritor Wole Soyinka defende laços maiores entre a Nigéria e Minas(foto: JACKSON ROMANELLI/EM/D.A PRESS)
Escritor Wole Soyinka defende laços maiores entre a Nigéria e Minas (foto: JACKSON ROMANELLI/EM/D.A PRESS)


Cerca de 150 pessoas estiveram nessa terça-feira à noite no Teatro Marília, para assistir à palestra do nigeriano Wole Soyinka, primeiro escritor africano a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1986. Ativista político e morando nos EUA, onde é professor universitário, ele esteve em Belo Horizonte para discutir a participação do Brasil, com ênfase para Minas, no Festival Internacional de Arte Negra, em Lagos, ex-capital da Nigéria, em 2013. A apresentação do escritor foi feita por Geraldo Muzzi, ex-embaixador brasileiro na Nigéria.

Autor de vários livros, entre eles O leão e a joia, lançado este ano no Brasil, pela Geração Editorial, Soyinka, que nasceu em Abeokuta, no Oeste nigeriano, em 1934, disse ter esperanças de que sua presença em Minas signifique o início de maior proximidade do estado com a Nigéria. “No nosso caso, não acredito em intercâmbio, pois estou aqui no Brasil para dar continuidade a uma integração cultural que já existe entre nossos países, e o Festival de Arte Negra só reforçará ainda mais esses laços”, disse.

De família humilde, de origem Yorubá, o escritor conseguiu entrar para a universidade de Ibaden aos 20 anos e graduar-se em literatura inglesa, em Londres, três anos depois. De volta a seu país, nos anos de 1960, após a independência, foi preso por dois anos, por se opor ao regime vigente. Na prisão, aproveitou para escrever clandestinamente. Depois de libertado foi obrigado a deixar o país, e se exilou nos EUA, só voltando no início dos anos 1990 à Nigéria onde passou a ser novamente persona no grata, por se opor ao governo ditatorial de Sani Abacha.

Antes da palestra houve uma apresentação do Coral Agbará, dirigido pelo maestro Robson Lopes e Eda Costa, além de uma leitura dramática de trecho da peça O leão e a joia, com direção de Adyr Assumpção. A artista plástica nigeriana Olusegun Akirunli, residente em BH, pintou ao vivo um quadro com motivos inspirados na obra de Soyinka.


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