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Estado de Minas

Palavra de especialista

João Batista Gomes Soares , presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais


postado em 11/11/2012 07:22

“O problema do longo tempo de espera para ser atendido em uma consulta é reflexo da dificuldade da rede municipal em criar um quadro permanente de médicos. Isso ocorre porque a remuneração é defasada em relação aos valores de mercado. O salário de R$ 3,5 mil pago a um médico iniciante para 20 horas semanais é muito baixo. Além disso, as condições de trabalho são ruins e faltam perspectivas para evoluir profissionalmente, fazer cursos, estudar e progredir na carreira. O profissional só permanece no quadro de pessoal até que surja uma oferta melhor. Em Belo Horizonte, a grande maioria dos médicos trabalha 60 horas semanais e tem três vínculos empregatícios ou então vive viajando na região metropolitana. Por outro lado, muita demanda para especialidade é mal encaminhada, o que precisa ser revisto. Tanta demora no atendimento pode refletir negativamente no quadro de saúde dos pacientes. Muitas pessoas até desistem da fila. Belo Horizonte ainda tem uma condição melhor em relação a outras capitais, mas a situação continua muito grave por aqui. Se o problema não for encarado de forma multifocal, não será resolvido.”


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