Jornal Estado de Minas

Chuva ajuda a controlar o pior incêndio do Parque Nacional da Serra do Cipó

O combate às chamas eram feitos desde o último sábado por 80 brigadistas

João Henrique do Vale
As chamas consumiram mais de seis mil hectares de vegetação - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press

Após sete dias de suor e empenho durante o dia e a noite, 80 brigadistas voluntários do Instituto Chico Mendes (ICMBio) contaram com a ajuda dos céus para debelar o pior incêndio do Parque Nacional da Serra do Cipó, em Santana do Riacho, Região Central de Minas GeraisDe acordo com o coordenador das ações de combate, Paulo Sérgio Campos Avelar, as chamas consumiram 6,2 mil hectares da vegetação“Esse é o maior incêndio tanto em termos de área queimada, quanto aos danos ambientais sofridos no parqueO fogo causou muita poluição atmosféricaTodas as áreas abertas para o público foram totalmente queimadas”, explica Avelar

O incêndio, considerado criminoso, começou a devastar o parque no último sábadoDurante a semana, os brigadistas juntaram forças para tentar controlar as chamas, porém não estavam tendo êxito“Há quatro dias estávamos no combate diurno e noturnoAté ontem (sexta-feira) a tarde tinha uma linha de fogo em descontroleO fogo pulou o Ribeirão Bocaína, e atingiu a vegetação em um outro acesso aos turistas, uma área que ainda não havia sido queimada”, afirma Paulo

Os 80 brigadistas contaram com a ajuda de seis aviões Air Tractor e quatro helicópteros
As aeronaves foram usadas para transportar os voluntários e também para jogar água nos focos nesta sexta-feiraPorém, os fortes ventos prejudicava os trabalhos“Saímos do parque às 2h da manhãConseguimos controlar a linha de fogo para não descer a montanhaMas ela continuava a subir a serraDurante a madrugada choveu na região e graças a Deus o fogo foi controlado”, comemora o coordenador

Neste sábado, os brigadistas estão em patrulhamento na área atingida para não deixar o incêndio reacender“Apesar da chuva, ele pode voltar”, alerta Avelar.