Jornal Estado de Minas

Preso trio que vendia drogas sintéticas em festas eletrônicas e boates da Zona Sul de BH

Os homens foram presos com 15 quilos de maconha, 346 comprimidos de ecstasy e cristais de MDMA, que é a matéria-prima do ecstasy

João Henrique do Vale Thiago Lemos

Segundo a Polícia Civil os suspeitos usavam o dinheiro do tráfico para a diversão - Foto: TV Alterosa/Reprodução

 

Três homens que vendiam drogas sintéticas e maconha em festas eletrônicas realizadas em boates e em sítios da Região Metropolitana de Belo Horizonte foram apresentados na tarde desta quarta-feira no Departamento AntidrogasCom os suspeitos, que são promoters dos eventos, foram encontrados 15 quilos de maconha, 346 comprimidos de ecstasy e cristais de MD, que são matéria-prima para produção de ecstasySegundo a Polícia Civil, os traficantes são de famílias estabilizadas e usavam o dinheiro da venda para a diversão

A polícia começou a investigar os suspeitos há quatro mesesAlguns investigadores chegaram a frequentar festas noturnas realizadas em boates da Região Centro-Sul de Belo Horizonte para flagrar como a quadrilha agiaNessa terça-feira, Anderson Alves dos Anjos, de 26 anos, Alexandre Tomich Baptista de Oliveira, de 31, e Bruno Sussman Guimarães, de 29, acabaram presos

Bruno é apontado pela polícia como o cabeça da quadrilha e responsável pelos contatos com os fornecedores da drogaGuimarães foi preso quando estava em um restaurante no Bairro São BentoCom ele foram encontrados selos de LSDNa casa do homem, localizada em Macacos, em Sebastião das Águas Claras, foram apreendidos comprimidos de ecstasy e cristais de MD

Um carro com um fundo falso também foi apreendido - Foto: TV Alterosa/ReproduçãoJá Anderson foi preso em casa, no Bairro Palmeiras, na Região Oeste da capital, com vários comprimidos de ectasy

Segunda polícia, ele organizava e divulgava festas através de um siteA maioria dos eventos era de músicas eletrônicasAlexandre foi detido em uma residência no Bairro Buritis, também na mesma região, com mais drogas e um carroNo veículo foi encontrado um fundo falso onde o material era transportadoAs investigações apontaram que o imóvel era usado para estocar a mercadoria, pois ele morava sozinho.

De acordo com a PC, o público-alvo da quadrilha é de pessoas com alto poder aquisitivoAs drogas eram vendidas normalmente em festas fechadas, o que dificultou a prisão deles“Todos são de famílias estabilizadas e acabam entrando para o tráfico pelo vício e a facilidade de ganhar dinheiroQuantia esta que eles esbanjavam em noitadas, diversão e viagens”, afirma o delegado Márcio Lobato.

Durante a apresentação o único que se defendeu foi Anderson“Sou viciado, mas não vendo drogas”, disseOs outros acusados preferiram ficar calados
A polícia tenta agora idenficar o fornecedor das drogasAs investigações apontam que o material é transportado do exterior para a capital.