Jornal Estado de Minas

Apreensão de armas cresce em Belo Horizonte

Para o comandante de Policiamento da Capital, o crescimento da apreensão indica que há um maior número de armas de fogo circulando na cidade, embora seja ainda uma avaliação preliminar.

Sandra Kiefer
Aumentou em 13,3% o número de armas apreendidas este ano pela Polícia Militar em Belo Horizonte
De janeiro a agosto, foram recolhidas 1.720, contra 1.518 no mesmo período de 2011As informações foram divulgadas ontem pela Secretaria de Estado de Defesa SocialEm todo o ano passado, a PM apreendeu mais de 2 mil armas na capitalNo início de setembro, o Estado de Minas mostrou que o número de feridos a tiros atendidos nos hospitais do SUS em BH aumentou 57% no primeiro semestre em relação ao ano passado, conforme dados do Ministério da Saúde

Para o coronel Rogério Andrade, comandante de Policiamento da Capital, o crescimento da apreensão indica que há um maior número de armas de fogo circulando na cidade, embora seja ainda uma avaliação preliminar“O que se pode dizer, com certeza, é que há um crescimento das operações policiais focadas na repressão, que resultam em apreensões de armas”, explicaSegundo ele, até blitz de trânsito gera apreensão de armamentos, pois o policial é orientado a verificar a documentação, a situação do condutor principalmente em relação ao consumo de álcool e as condições do veículo

As operações policiais do CPC na capital têm ultrapassado a metade 20 mil por mêsEm setembro, foram 25 mil operações, incluindo incursões a favelas, batidas policiais e blitzes“Nas blitzes tradicionais, com cone, o cidadão de bem é que para
Nas blitzes de impacto, são feitas abordagens rápidas em semáforos para autuar o infrator, fechando os quarteirões”, explica o comandante

Os dados do SUS se referem às vítimas de arma de fogo atendidas nos prontos-socorros João XXIII, Risoleta Neves e Odilon BehrensNo primeiro semestre do ano passado, foram 349 ocorrências e a média de tempo de internação passou de 7,4 para 7,7 diasDe janeiro a junho deste ano, morreram em hospitais da capital 53 vítimas de tiros, número igual ao do mesmo período do ano passado