Jornal Estado de Minas

Rodoviários terão mais três anos para fazer viagens intermunicipais com veículos antigos

 

Os trabalhadores do transporte rodoviário fretado terão mais três anos para utilizarem veículos antigos nas viagens intermunicipais em Minas. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Turístico e Fretamento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Sindeturf), Nivaldo José Soares Júnior, a decisão foi tomada durante uma reunião com o secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro, na segunda-feira.



O encontro estava programado desde o último dia 18, quando mais de 100 motoristas estacionaram os veículos em frente à Cidade Administrativa para protestar contra a regra que proíbe que ônibus com mais de 15 anos de uso façam o transporte intermunicipal em Minas, que passa a valer em 2013. O governo aumentou em três anos o limite de uso para os veículos, passando de 15 para 18.

No entanto, Soares Júnior afirma que o ideal é que esse limite não existisse, e que o controle fosse feito de acordo com as normas da Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) que não tem restrição para o transporte interestadual e internacional. O órgão exige apenas um laudo de inspeção técnica para permitir que os veículos mais antigos circulem. Conforme o presidente do Sindeturf, o novo decreto será publicado na quinta-feira. Atualmente, a legislação permite veículos com até 16 anos.

Os rodoviários programaram uma nova reunião com o secretário para os próximos dias. “Na primeira semana depois das eleições ficou agendada uma reunião com Danilo de Castro para ver se conseguimos uma linha de crédito com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para renovar a frota”, explica Soares Júnior.



Outras reivindicações

Na semana passada, a categoria também protestou contra uma penalização entre cooperativas e cooperados em que quando um veículo é autuado, todos os outros ficam impedidos de circular. Em nota, o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG), informou que Danilo de Castro se comprometeu a trabalhar em conjunto com as entidades representativas da categoria para verificar a possibilidade de minimizar o efeito dessa norma.

O governo também informou que não é possível atender ao pedido de extinção da apresentação da lista de passageiros das viagens com 12 horas de antecedência, já que a medida poderia incentivar o transporte clandestino no estado.

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