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Estado de Minas

Espanhol impressiona no Festival de Gastronomia de Tiradentes


postado em 26/08/2012 09:25 / atualizado em 26/08/2012 14:02

Roca voltou nesse sábado mesmo para a Espanha após deixar brasileiros impressionados (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Roca voltou nesse sábado mesmo para a Espanha após deixar brasileiros impressionados (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
O espanhol Jordi Roca voltou nesse sábado para a Espanha deixando uma boa impressão entre aqueles que tiveram a chance de conhecê-lo. E não apenas pela comida servida no festim de sexta-feira, mas pela simplicidade. A refeição teve dois pontos altos apontados pelos comensais: o velouté de alcachofra servido com um suave creme de foie gras e chips de alcachofra e a sobremesa formada por um creme tipo chantilly com molho de doce de leite de sabor caramelizado e gelado de goiaba com uma espécie de algodão-doce. O que mais chamou a atenção daqueles que demoraram um pouco mais para ir embora da Villa Paolucci foi a paciência e cordialidade do jovem chef, que aos 34 anos comanda, ao lado dos irmãos Joan e Josef, o Restaurante El Celler de Can Roca, na Espanha.

Embora agradecido e satisfeito com a chegada da casa ao segundo lugar na lista dos melhores da Restaurant Magazine, Jordi mantém a cabeça no lugar. Mesmo visivelmente cansado, depois do festim ele não recusou nenhum pedido de autógrafo ou de posar para fotos com as pessoas (e foram muitas) e deu entrevistas para vários jornalistas quando já passava de 1h.

Realizado no mesmo horário do jantar de Jordi, em outro local, o banquete preparado a quatro mãos pelos chefs André Saburó (Restaurante Quina do Futuro, Recife) e Felipe Schaedler (Restaurante Banzeiro, Manaus) também agradou aos gourmets. Os pratos servidos foram elogiados pela leveza e criatividade, com destaque para os camarões VG marinados em saquê mirim e grelhados na manteiga de curry, que foram acompanhados por um mix de cogumelos shimeji e shiitake levemente trufado e palmito grelhado.

O evento não se resume, porém, aos festins. A professora de história Jaqueline Santana, que saiu de Belo Horizonte para curtir parte da programação, afirma que o festival é importante também nos aspectos turístico e cultural. “É uma oportunidade de divulgar as características da cultura mineira, como a nossa capacidade de acolhimento”, diz. O fato de a 15ª edição do evento homenagear os produtos e produtores dos estados brasileiros foi, para ela, muito positivo, pois mostra toda a diversidade do país. “Além disso, oferece a oportunidade de conhecer um pouco mais da cultura de outros estados e também do nosso por meio da culinária e da gastronomia”, explica.

O sábado foi marcado por uma série de palestras, aulas de culinária e mesas-redondas que atraíram um público cada vez mais interessado nos muitos aspectos da gastronomia. Plateia lotada para assistir à mesa-redonda sobre “A regionalização da gastronomia”, da qual participaram Teresa Corção (Instituto Maniva e Restaurante O Navegador, no Rio de Janeiro) e Edson Puiati e Hans Eberhard Aichinger (Senac), comprovou que cada vez mais brasileiros valorizam e torcem para que a nossa comida tenha o reconhecimento que merece. O que justifica também o interesse das pessoas pela palestra sobre queijos mineiros que Elmer Ferreira e Luiza de Almeida, da Emater, e o jornalista Rusty Marcellini ministrarão hoje, às 12h15, no Espaço Senac.

NA COZINHA Mas é nos bastidores que o verdadeiro aprendizado do festival se faz. Alunos do curso de gastronomia do Senac foram selecionados para auxiliar os chefs na preparação dos cardápios. Flávia Roizinbrich, destacada para reforçar a brigada do chef Marcos Gil (Restaurante Sah, Fortaleza) na noite de ontem, encarou o desafio como “uma oportunidade única”: “É o momento de conhecer novos ingredientes e técnicas”, diz. “Nessas situações, podemos vivenciar o que aprendemos no curso”. Segundo ela, embora a prática seja o foco da escola, num festival a coisa é muito diferente: “Lá, temos todos os ingredientes à disposição e aqui temos que aprender a ter jogo de cintura e a lidar com a substituição de matérias-primas e outras demandas inesperadas”.

O chef Marcos Gil, por sua vez, ficou satisfeito com as auxiliares: “As alunas estão muito bem preparadas”, elogiou. “É hora de se empenharem no trabalho de equipe e na troca de experiências”, acrescentou.


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