Jornal Estado de Minas

Condenado por matar sogro e cunhado tem prisão decretada por ameaçar a ex-mulher

Carmo Afonso Nunes, de 49 anos, estava preso em regime semi-aberto em um presídio da Grande BH. Em um dos dias em que saiu para trabalhar, ameaçou a ex-companheira e o sobrinho dela

João Henrique do Vale
Um homem condenado por matar o pai e o irmão da ex-mulher teve a prisão decretada nesta terça-feira depois de ameaçar a ex-companheira
O marceneiro Carmo Afonso Nunes, de 49 anos, já estava preso na Penitenciária José Maria Alkmin, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, em regime semi-abertoAgora ele teve suspensos os benefícios da regressão de pena, que o permitia sair durante o dia da penitenciária para trabalhar na marcenaria de seu irmão.

A dona de casa R.M.S denunciou no começo do mês à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) que o ex-marido vinha sendo visto nas proximidades onde ela mora, no Bairro Cidade IndustrialSegundo a delegada Sheila Starling, o marceneiro teria dito a vizinhos da mulher que “iria terminar o serviço”Além disso, ele estava seguindo um sobrinho dela.

Carmo Nunes foi indiciado pelo crime de ameaçaNo prazo de 30 dias deve ser concluído o inquérito policial confirmando ou não as denúncias“Quando nos procurou ela estava bastante nervosa, assim como o irmão dela, pai do jovem que estaria sendo seguido pelo acusadoAs descrições de uma motocicleta que Carmo Nunes estaria usando para seguir o rapaz coincidem com o veículo dele”, destacou Starling.

O assassinato do pai e irmão de Rfoi em 2004Ela havia se separado de Carmo e foiu recebida a tiros quando foi buscar seus pertences na casa dele, com quem tem três filhos, todos já adultosA mulher conseguiu fugir, mas seu pai e irmão acabaram baleados e morreram
Carmo Nunes foi detido depois do crime e condenado a 27 anos de prisão em 2007Três anos depois foi beneficiado com a progressão da pena, que o permitiu sair do presídio, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, para trabalhar com seu irmão na Vila São Paulo, em Contagem

A prisão preventiva do acusado foi decretada nesta terça-feira pela juíza Neuza Maria Vido, do plantão de habeas corpus e medidas urgentesFoi pedida também à Justiça medidas protetivas para a mulher em relação ao acusado, que entre outras restrições, deve estabelecer um limite de aproximação entre os doisNo começo da noite, Carmo Nunes retornou ao presídio em que cumpre pena, onde vai ficar recolhido sem direito aos benefícios da progressão de regime.

(Com informações de Landercy Hemerson)