A vice-diretora do Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação da Prefeitura de Belo Horizonte e responsável pelo EJA na capital, Eunice Margareth Coelho, afirma que uma das formas de combater o analfabetismo é ampliar os espaços educativos e buscar parcerias com igrejas, associações, sindicatos e equipamentos públicosO sonho, diz, é que um dia o país não precise mais do programa de educação tardia
“Abrimos turma todos os meses e recebemos matrícula em qualquer época do ano, vamos atrás dos analfabetosPrecisamos diversificar o programa de tal forma que todos os jovens e adultos que não tiveram acesso à educação sejam incluídosSe universalizamos o ensino fundamental, podemos erradicar o analfabetismo”, diz a educadoraPara ela, o letramento é a condição primeira para a inclusão social“Num mundo globalizado, não ter acesso a um código primário é estar impedido de ter vida socialO analfabetismo é uma variável socioeconômica que produz grande desvantagem no acesso a serviços e direitos.”
Júlia Silva, alfabetizadora do EJA há 12 anos, já ajudou muita gente a subir esse degrau na escala social e defende a ideia de que a alfabetização fortalece a cidadania