Jornal Estado de Minas

Adolescentes acusadas de matar colega de 12 anos deixam fórum sorrindo

As jovens foram levadas para o Fórum de Igarapé para mais uma audiência sobre o caso. A Juíza tem até o dia 27 de julho para decretar a medida que as meninas terão de cumprir

João Henrique do Vale Clarisse Souza

As duas adolescentes chegaram algemadas ao Fórum de Igarapé e foram escoltadas por sete policiais militares - Foto: Moisés Silva/EM/D.A.Press

 

As adolescentes acusadas de assassinar a colega Fabíola Santos Corrêa, 12, com golpes de faca e barra de ferro em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, e depois retirar o coração da vítima, foram levadas para o Fórum de Igarapé para mais uma audiência sobre o casoApós cerca de duas horas, as duas saíram do local algemadas e chegaram a dar risadas

Nesta segunda-feira, a juíza Andrea Faria Menes ouviu duas testemunhas do casoEntre elas, a conselheira tutelar que acompanhou uma das adolescentes no dia em que ela foi apreendidaO teor das oitivas não pôde ser divulgado, pois o caso corre em segredo de JustiçaPorém, a testemunha informou que as jovens permaneceram tranquilas durante a audiência e que as mães delas estavam bastante nervosas

A juíza tem até o dia 27 de julho para decidir qual medida as jovens irão cumprirA magistrada vai esperar as alegações finais do Ministério Público, depois da Defensoria PúblicaSomente após essas etapas a punição será definida

Crime

Fabíola foi atraída pelas colegas para assistir a um jogo de futebol em um campo de BicasQuando passavam por um lote vago, local usado para cortar caminho, umas das adolescentes retirou uma faca da mochila e colocou a arma no pescoço da vítima

A menina tentou se desvencilhar e acabou feridaCom o pescoço cortado, Fabíola tentou correr e levou uma facada nas costasComo continuou de pé, uma das garotas lhe deu uma rasteira e a derrubou

A outra agressora pegou um pedaço de ferro, que segundo a polícia tinha 1,5 metro e era bastante pesado, e deu pancadas na menorAs garotas abriram o peito da vítima e arrancaram o coraçãoAlém do órgão, um dedo do pé de Fabíola também foi cortadoAs partes do corpo da vítima foram colocados em uma folha de caderno e depois em um saco plástico

As jovens chegaram a enterrar o material, que posteriormente foi jogado em um rioO corpo de Fabíola só foi encontrado 12 dias após o crime, por um morador da região