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Estado de Minas

Ministério Público denuncia suspeitos de triplo homicídio em Miraporanga

Pela natureza do crime, os envolvidos nas execuções podem ir a júri popular.


postado em 30/06/2012 19:56

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou por homicídio qualificado e formação de quadrilha os seis suspeitos de envolvimento no assassinato de três trabalhadores sem-terra em março deste ano em Miraporanga, distrito de Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Cinco suspeitos foram apresentados pela polícia no último dia 21. O sexto, Rogério Carvalho Lucas, conhecido como Zagalo, de 29 anos, chegou a ficar preso, suspeito de ter escondido o veículo onde estavam duas das vítimas, mas foi solto dias depois por meio de um habeas corpus. Pela natureza do crime, os envolvidos nas mortes podem ir a júri popular.

A Polícia Civil (PC) de Uberlândia encaminhou à Justiça nesta semana o inquérito sobre o crime. Na última quarta-feira, foi feita a reconstituição das execuções de Valdir Dias Ferreira, de 39 anos, Milton Santos Nunes da Silva, de 52, e Clestina Leonor Sales Nunes, de 48. Participaram da reprodução dos homicídios Rodrigo Cardoso Fric, o “Gauchinho”, de 25 anos, acusado de atirar contra as vítimas, e Rafael Henrique Cardoso, de 24, apontado com o motorista que o levou até o local.

Segundo o delegado Helder Paulo Carneiro, o motivo das mortes foi vingança, pois os autores pensavam que Clestina teria os denunciado por tráfico de drogas. A mulher era coordenadora do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST).

Entenda o caso

No dia 24 de março, o carro das vítimas foi emboscado na estrada de Campo Florido (MGC-455), no distrito de Miraporanga, a 40 quilômetros de Uberlândia. As vítimas foram assassinadas com tiros na cabeça. O neto de Milton e Clestina, um menino de 5 anos, sobreviveu à execução. Ele foi abandonado pelos criminosos em estado de choque e passou a vagar perdido pela estrada. Ele foi encontrado pelas primeiras testemunhas do crime.

Segundo a polícia, um dia antes do crime, Rodrigo e um comparsa foram até o assentamento e se passaram por pessoas interessadas em ingressar no movimento MLST e também na aquisição de um lote. Para tanto, participaram inclusive de um jantar com uma das vítimas, dormiram no local e colheram informações sobre a rotina dos líderes.

No dia seguinte, Rodrigo e o comparsa saíram de carro alegando que precisariam trocar um dos pneus do veículo e esperaram na estrada de chão onde passaria o carro das vítimas. Por volta das 9h, quando os sem-terra passaram, o veículo bloqueou a passagem, Rodrigo desceu e atirou no três integrantes do MLST.

Ficha Criminal

Em 2009, a polícia apreendeu cerca de 300 quilos de maconha proveniente do Mato Grosso, próximo à região do assentamento no Triângulo Mineiro. Os responsáveis pela droga eram um homem conhecido como Zé Roleta e Rodrigo. Os dois acreditavam que as vítimas teriam denunciado o local de tráfico aos policiais e, por isso, planejaram a chacina. O executor recebeu cerca de R$ 7 mil para matar.


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