Jornal Estado de Minas

Mãe de bebê encontrado sem a cabeça no Sul de Minas será ouvida novamente

A mulher vai passar por exames psicológicos para analisar se ela está com depressão pós-parto. Logo em seguida será ouvida pelo delegado responsável pelo caso

João Henrique do Vale
A polícia vai ouvir novamente nesta sexta-feira a mãe do do bebê encontrado sem a cabeça em Carmo da Cachoeira, na Região Sul de Minas
Antes de ser interrogada, a jovem, de 18 anos, vai passar por exames psicológicos para analisar se ela está com depressão pós-partoEla é a principal suspeita do crime

“Os exames já eram para ter sido feitos no início da semana, porém o médico estava com a agenda lotadaNesta sexta-feira, conseguimos um horário”, explica o delegado responsável pelo caso, Antônio Carlos ButtignonA mãe da criança continua com a mesma versão sobre o caso“Ela nega todas as acusaçõesAs investigações apontam para ela, mas ainda temos que colher mais informações”, disse o delegado

Nessa quarta-feira, duas irmãs, a mãe e o pai da jovem prestaram depoimento à políciaSegundo o delegado, eles confirmaram que não sabiam que a mulher estava grávidaO suposto pai da criança também foi encontrado
“Ele informou que não a vê há cinco meses, quando romperam o relacionamentoTambém não sabia da gravidez”, conta Buttignon

Nos próximos dias a polícia também pretende visitar o local onde o corpo foi encontrado para tentar encontrar algum objeto que pode ter sido usado no crime“Não conseguimos visitar o local por causa da chuva”, informou o delegado

O corpo do recém-nascido foi encontrado na última sexta-feira, no Bairro São Marcos, na Zona Rural da cidadeUma garota de 8 anos estava em casa quando foi procurar pelo cachorro delaAo avistar o animal, percebeu que ele estava com algo na bocaQuando chegou perto, viu a cabeça de uma criançaAssustada, voltou correndo para a residência e chamou o avô, que acionou a polícia e o conselho tutelarQuando os militares chegaram ao local, acharam o tronco da criança


A mãe do bebê foi encontrada horas depois do crime, após a polícia fazer um levantamento das mulheres grávidas da regiãoNo dia do crime, houve a suspeita de que um animal também poderia ter arrancado a cabeça do bebêContudo, a perícia descartou a possibilidade e apontou que houve uso de objeto cortante