Uma forma de compreender o comportamento dessa variável é observar fatores como relevo de cada região, presença de vegetação, altimetria, ocupação do solo e o cálculo estimado da temperatura da superfícieDe acordo com o meteorologista Adelmo Correia do Centro de Climatologia - PUC Minas TempoClima, o resultado dessa combinação não pode ser diretamente comparado à temperatura do ar, mas serve como parâmetro quando tentamos traçar diferenças entre regiões da capital.
É possível ver a diferença, por exemplo, entre a Região Central da cidade, área mais quente, e as divisas com Nova Lima e Ibirité, onde está a Serra do Curral, e são registradas temperaturas mais baixasSegundo o meteorologista, independente dos valores de temperatura, é possível observar, em grosso modo, que mas áreas de maior concentração de vegetação, lagoa e serras, encontram-se as menores temperaturasEssas superfícies mais frias são representadas pela Lagoa da Pampulha, Serra do Curral, pelos 69 parques de BH e áreas de baixa ocupação na Região Norte da capital
Um fator capaz de explicar as temperaturas elevadas é a presença de áreas com edificação e muito asfalto, como grandes galpões e aeroportosA pista do Aeroporto da Pampulha, por exemplo, tem um registro bem peculiar de temperatura de superfícieÉ muito quente em período de calor e gelada em época de clima mais amenoOutro caso é a Região Nordeste da capital, uma das mais ocupadas e com solo desnudo de vegetação