Jornal Estado de Minas

Mãe de bebê encontrado sem cabeça no Sul de Minas vai passar por exames psicológicos

A polícia suspeita que a jovem sofra de depressão pós-parto. Ela foi presa no dia do crime e nega que tenha cortado a cabeça da criança

João Henrique do Vale
A mãe do bebê encontrado sem a cabeça em Carmo da Cachoeira, na Região Sul de Minas, na última sexta-feira, vai passar por exames psicológicos para analisar se ela está com depressão pós-parto
A jovem de 18 anos, que não teve o nome divulgado, foi presa no mesmo dia e nega o crimeÀ polícia, ela admitiu que deu à luz a criança, mas alegou que ela nasceu morta

“Há evidências de que ela pode estar com a doença, já que escondeu a gravidez durante o tempo todoA última vez que viu o pai do bebê foi em setembro do ano passadoVamos marcar o exame para essa terça-feira”, afirma o delegado responsável pelo caso, Antônio Carlos Buttignon

O corpo do recém-nascido foi encontrado na tarde de sexta-feira, no Bairro São Marcos, na Zona Rural da cidadeUma garota de 8 anos estava em casa quando foi procurar pelo cachorro delaAo avistar o animal, percebeu que ele estava com algo na bocaQuando chegou perto, viu a cabeça de uma criançaAssustada, voltou correndo para a residência e chamou o avô, que acionou a polícia e o conselho tutelar
Quando os militares chegaram ao local, acharam o tronco da criança

A mãe do bebê foi encontrada horas depois do crime, após a polícia fazer um levantamento das mulheres grávidas da região“Ela nega o crimeA mulher disse que deu à luz e que a criança nasceu sem vidaPor causa disso, colocou o corpo dentro de uma sacolinha e pendurou em um local no fundo do quintal na parte da manhãNa hora do almoço, ela foi ver se o bebê ainda estava vivo, mas disse que não o encontrou mais lá”, disse o delegadoA versão da jovem não convenceu o delegado“ Na própria fala, ela disse que ninguém chegou na casaPara chegar no local onde ela pendurou a sacola as pessoas, necessariamente, teriam que passar dentro da casa”, explica Buttignon

No dia do crime, houve a suspeita de que um animal também poderia ter arrancado a cabeça do bebê.  Contudo, a perícia descartou a possibilidade e apontou que houve uso de objeto cortante
Nesta segunda-feira, policiais vão até a casa da mulher para encontrar a possível faca usada no crime e uma roupa, que a suspeita disse estar suja de sangueA polícia ainda tem cautela com as investigações