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Estado de Minas

Vítimas de acidentes com motocicletas já chegam a 28% do total de mortos no HPS

Só este ano foram 45 óbitos. Hospital lança campanha para alertar quem anda sobre duas rodas


postado em 15/06/2012 06:00 / atualizado em 15/06/2012 06:46

Em apenas um acidente em janeiro na Avenida Vilarinho, em Venda Nova, na capital, morreram dois jovens, depois de choque de moto em poste(foto: Rodrigo Clemente/Esp. EM/D.A Press - 7/1/12)
Em apenas um acidente em janeiro na Avenida Vilarinho, em Venda Nova, na capital, morreram dois jovens, depois de choque de moto em poste (foto: Rodrigo Clemente/Esp. EM/D.A Press - 7/1/12)
Quarenta e cinco vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas já morreram este ano no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), o equivalente a 28% das mortes registradas no período na unidade de saúde. No ano passado, foram 101 mortes de pacientes, motociclistas ou passageiros de motos, atendidos no hospital. Os dados mostram a ameaça à vida de quem se arrisca nas ruas de Belo Horizonte em duas rodas. De acordo com o HPS, o número de motociclistas feridos já representa a metade dos atendimentos por acidentes de trânsito. A pesquisa não inclui mortes de vítimas nos locais dos acidentes.

Segundo o médico cirurgião Paulo Roberto Carreiro, a situação é preocupante, pois os impactos dos acidentes são muito graves. Ao falar do estado de saúde dos motociclistas atendidos no Hospital João XXIII, o médico considera as estatísticas alarmantes. “Muitos chegam em estado grave, outros ficam afastados do trabalho durante meses ou de forma definitiva. E muitos morrem no local do acidente, antes de serem atendidos”, diz o médico.

Em 2012, o hospital já atendeu vítimas de 4.560 acidentes de trânsito, 2.961 deles envolvendo motociclistas. Dados referentes à situação dos envolvidos em acidentes de moto confirmam a preocupação dos especialistas. Desde janeiro, 17 motociclistas atendidos no pronto-socorro tiveram diagnóstico preliminar de traumatistmo raquimedular e seis ficaram paraplégicos. “Um número expressivo dos que são atendidos sofre sequelas graves, como traumatismo raquimedular, traumatismo craniano, fraturas expostas” , afirma o neurocirurgião Rodrigo Faleiro.

Tragédia

Para tentar diminuir essa trágica estatística, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) lança hoje uma campanha educativa. A ideia é sensibilizar a população e sobretudo abordar a questão da segurança no trânsito. Por isso, estudantes de medicina, integrantes da Liga do Trauma da Unifenas e dos Médicos do Barulho farão uma blitz educativa em frente ao hospital, na Avenida Alfredo Balena. A ação ocorre das 9h às 12h, com distribuição de panfletos, cartazes, adesivos e camisetas. Os primeiros cinco motociclistas parados na blitz que forem ao estande da campanha receberão brindes como camisetas, adesivos e um CD com a música Pilote pela vida, que destaca a necessidade de os motociclistas respeitarem as leis de trânsito e pilotarem de forma segura.

O piloto Felipe Zanol, heptacampeão brasileiro de enduro e que já participou do Rali Dacar, é o padrinho da campanha, que terá ainda apresentações de dança e shows de música. De acordo com a Fhemig, além da necessidade de preservar vidas, a campanha busca reduzir os custos decorrentes do atendimento às vítimas.
 


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